MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 2 de março de 2017

TSE pede explicações a Aécio Neves sobre doação da Andrade Gutierrez


O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou que o PSDB e o senador Aécio Neves (MG) expliquem doações realizadas em 2014 para a campanha presidencial do candidato tucano. A ação, de autoria do Partido dos Trabalhadores, aponta diferença entre o valor doado e o declarado à Justiça Eleitoral.
Segundo o PT, o ex-presidente da empresa Otávio Azevedo disse que teria doado R$ 19 milhões a Aécio. O senador e o PSDB declararam ao TSE, na prestação de contas da campanha, recebimento de R$ 12,6 milhões. A diferença é de R$ 6,4 milhões.
Diferença apontada em doações para campanha de Aécio teria sido de R$ 6,4 milhões
Diferença apontada em doações para campanha de Aécio teria sido de R$ 6,4 milhões
O PT questiona, também, pagamentos de serviços contratados pelo PSDB durante a campanha de Aécio, mas que não teriam sido prestados ao partido.
As declarações de Azevedo foram feitas no processo que investiga a campanha da ex-presidente Dilma Rousseff e do presidente Michel Temer.
Azevedo deu dois depoimentos ao relator da ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer, ministro Herman Benjamin, um em setembro e outro em novembro do ano passado. Na segunda oitiva, o executivo afirmou que as doações eleitorais feitas pela Andrade Gutierrez tanto à chapa Dilma-Temer como a Aécio Neves não estavam vinculadas a qualquer contrapartida nem ao pagamento de propina.
No entanto, Azevedo retificou o que havia dito anteriormente, afirmando que o valor total das doações da empresa à campanha de Aécio Neves foi de R$ 19 milhões, maior do que os R$ 12,6 milhões que constam no sistema do TSE, o que motivou a petição do PT e a ordem de esclarecimentos feito agora no processo que julga as contas do então candidato tucano.
No despacho datado de sexta-feira (24), Napoleão Maia deu o prazo de três dias para o PSDB explicar as declarações de Azevedo, contados a partir da notificação do partido.
A investigação de possíveis irregularidades nas contas da campanha de Aécio Neves foi determinada em agosto do ano passado pela ministra Maria Theresa de Assis Moura, então corregedora do TSE, após o PT denunciar aparentes inconsistências nas contas do candidato do PSDB à presidência.
À época, o PSDB disse que as alegações do PT eram “desprovidas de qualquer verdade” e que as denúncias tinham “nítido propósito político”.
Aécio pediu R$ 15 milhões a Odebrecht, disse ex-presidente de empreiteira
Autor da ação que pede a cassação da chapa, Aécio Neves também foi citado por Marcelo Odebrecht, que prestou depoimento ao TSE nesta quarta-feira (1º). Segundo o empreiteiro, o tucano pediu R$ 5 milhões em uma primeira conversa e, no final do primeiro turno da eleição, com o crescimento da então candidata Marina Silva, Aécio pediu R$ 15 milhões. Odebrecht disse que recusou o pedido do senador, mas que acabou cedendo mais adiante.
Com Agência Brasil

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