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terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Procuradoria vai abrir novo inquérito para investigar Aécio Neves, diz site

Após delação, senador será investigado por suspeita de receber dinheiro desviado em obra


Após as delações da Odebrecht, a Procuradoria-Geral da República deve pedir nos próximos dias ao STF que um inquérito sobre o senador e presidente do PSDB, Aécio Neves, seja aberto. A acusação é de que o tucano teria recebido dinheiro das empreiteiras que fizeram as obras da Cidade Administrativa em Minas Gerais: entre elas a Odebrecht, OAS e Andrade Gutierrez. As informações são do Buzzfeed.
O fato veio à tona após a delação da Odebrecht, que inclusive, deve fazer com que a Andrade Gutierrez seja chamada novamente, já que não havia revelado os pagamentos destinados a Aécio em seu acordo de delação. Na delação da OAS, o empreiteiro Léo Pinheiro contou que realizou repasses a Oswaldo Borges da Costa Filho, o Oswaldinho, apontado como operador e tesoureiro informal das campanhas de Aécio entre 2002 e 2014.
PGR deve pedir abertura de novo inquérito contra Aécio Neves
PGR deve pedir abertura de novo inquérito contra Aécio Neves
De acordo com o depoimento de Pinheiro, cujo acordo de delação foi suspenso no ano passado pelo STF, 3% era o montante da propina paga aos tucanos pela obra mineira. Apesar de ter sido orçada em R$ 500 milhões, a Cidade Administrativa custou aproximadamente R$ 2,1 bilhões, sendo a obra mais cara feita pelo então governador Aécio Neves, que comandou Minas Gerais entre 2003 e 2010.
O recebimento de recursos a partir das obras da Cidade já havia sido um dos pontos de acusação do empresário Léo Pinheiro, da OAS, na tentativa de fechar um acordo de delação premiada com a PGR.
Após vazamento de seus anexos (tópicos sobre o que pretende delatar), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, suspendeu a delação. Até hoje o empresário aguarda que as negociações sejam retomadas.
A Procuradoria-Geral da República já investiga Aécio devido à chamada lista de Furnas e por supostamente ter maquiado dados da CPI dos Correios para evitar que o Banco Rural fosse ligado ao mensalão mineiro. O senador nega ambas as acusações.
Em resposta ao site, o PSDB-MG enviou uma nota afirmando que “desconhece a suposta decisão da PGR e rechaça as também supostas acusações em relação ao senador Aécio Neves”.
Leia a nota na íntegra:
“Trata-se de assunto requentado. O PSDB MG desconhece a suposta decisão da PGR e rechaça as também supostas acusações em relação ao senador Aécio Neves. O partido informa que os valores citados estão equivocados. Nunca houve um orçamento no valor de R$ 500 milhões. Tal cifra surgiu apenas como estimativa, sem estar amparada em projeto ou orçamento, quando da primeira ideia de construção de outro projeto em outro local. Informa também que o valor licitado da obra foi de R$ 949.371.880,50. O PSDB MG contesta insinuação de irregularidade e informa que o edital da licitação foi previamente apresentado ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas e todos os procedimentos foram acompanhados e auditados por empresa externa ao Estado contratada via licitação. Informamos ainda que o senhor Oswaldo Da Costa nunca teve atuação informal nas campanhas do PSDB com as quais colaborou, tendo sempre atuação formal e conhecida na arrecadação de recursos nas campanhas do PSDB.”

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