MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 1 de maio de 2016

Temer deve reunir maioria na Câmara para aprovar reformas



Por Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)
e conseguir contemplar sem atritos relevantes todos os partidos que por enquanto prometem lhe dar sustentação parlamentar, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) deve assumir o comando do país com apoio suficiente para aprovar mudanças na Constituição.
 
Na Câmara, a perspectiva é a de que sua base fique em torno dos 367 votos dados a favor do impeachment de Dilma Rousseff. Formam esse grupo de apoio o PMDB, a maior legenda da Casa, os principais partidos de oposição e o chamado "centrão" –PP, PR, PTB, PSD, PRB e outras legendas menores.
 
Para que mudanças na Constituição sejam aprovadas é preciso o voto de pelo menos 308 dos 513 deputados, 60% do total da Casa.
 
Escolhido como líder informal desse "centrão", o deputado Maurício Quintella Lessa (PR-AL) afirma não ver entrave nem mesmo na pouca popularidade do vice –58% da população defende seu impeachment e 60%, sua renúncia, segundo pesquisa do Datafolha do início de abril.
 
"Essa impopularidade se dá mais pelo desconhecimento do que por qualquer outra coisa. Ele [Temer] tem tudo para fazer um bom governo de transição, vai dar uma levantada no astral do país e do mercado", afirma Quintella.
 
Como exemplo do tamanho da base de Temer, ele cita o seu PR, que deu 26 dos 40 votos da bancada a favor do impeachment. "A expectativa é a de que o partido participe como um todo do governo Temer. Quem votou contra o impeachment não votou contra o Michel."
 
Os partidos claramente contrários a Temer representam hoje a minoria –PT, PC do B, PSOL, PDT e Rede têm só 96 das 513 cadeiras.
 
O PP, que tem a quarta maior bancada da Casa, com 47 deputados, negocia ministérios importantes com Temer, como a Saúde –disputado também com o PMDB–, e se reuniu na semana que passou para definir propostas que levará para o peemedebista.
 
No Senado, a base de Temer só terá uma mensuração mais precisa após a votação da abertura do processo de impeachment, prevista para 11 de maio. Levando-se em conta a configuração partidária, o peemedebista tem uma perspectiva de contar com 51 dos 81 votos, número também suficiente para aprovar alterações na Constituição (49).
 
OBSTÁCULOS
 
Apesar da aparente folga, o caminho do vice no Congresso tende a abrigar importantes obstáculos. O primeiro é a promessa do PT e de legendas de esquerda de fazer oposição aguerrida, sob argumento de que Temer assume mediante golpe legislativo.
 
O segundo problema é que a composição do possível novo governo certamente resultará em desavenças e dissidências nos partidos que agora lhe prometem apoio.
 
Para resolver parte disso, Temer já admitiu a aliados que o corte no número de ministérios não será do tamanho desejado inicialmente.

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