MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Laudo tardio de vítima de estupro coletivo no Rio não aponta violência


Resultado negativo é devido à demora da vítima em denunciar caso à polícia para ser submetida a exame de corpo de delito

por
Estadão Conteúdo
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
Foto: Reprodução
Adolescente declarou receber ameaças pela internet e que se sentiu desrespeitada na delegacia
O programa "Bom Dia Rio", da TV Globo, informou que o laudo da perícia sobre o caso do estupro coletivo de uma menina de 16 anos, ocorrido na zona oeste do Rio de Janeiro, não apontou indícios de violência.
Segundo o telejornal da manhã desta segunda-feira (30/5), o resultado negativo é consequência do longo tempo que a vítima levou para fazer o registro na polícia – e o posterior exame de corpo de delito.
Desde a madrugada, a Polícia Civil realiza buscas para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão contra seis acusados de participar do estupro coletivo, praticado contra uma adolescente de 16 anos no Morro do Barão.
A ação é coordenada pela delegada Cristiana Onorato, da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), e pelo diretor do Departamento Geral de Polícia Especializada, Ronaldo de Oliveira.
Houve troca dos delegados que cuidavam do caso no domingo – Cristiana Onorato, da DCAV no lugar de Alessandro Thiers, titular da Delegação de Repressão aos Crimes de Informação (DRCI) –, segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, para "evidenciar o caráter protetivo à menor vítima na condução da investigação, bem como afastar futuros questionamentos de parcialidade no trabalho".
A mudança atendeu ao pedido da advogada da vítima, Eloísa Samy Santiago, que recorreu à Justiça do Rio e ao Ministério Público com o argumento de que a adolescente foi intimidada pelo delegado durante os depoimentos prestados na última sexta-feira (27/5).
Em entrevista no domingo ao Fantástico, da TV Globo, a jovem declarou que está recebendo ameaças pela internet e que se sentiu desrespeitada na delegacia onde prestou dois depoimentos.
"Quando vim à delegacia, não me senti à vontade em nenhum momento. Acho que é por isso que as mulheres não fazem denúncias", disse a adolescente. "Tentaram me incriminar, como se eu tivesse culpa por ser estuprada."
No mesmo dia, a família decidiu dispensar a advogada Eloísa, que defendia a adolescente no caso. A jovem será protegida pelo Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte, da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, em parceria com o governo federal.

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