MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Em crise financeira, prefeitos mineiros decidem paralisar atividades


Reunião em BH com participação de 70 prefeitos definiu protesto.
'Nós estamos sem representatividade', diz presidente da AMM.

Do G1 Centro-Oeste de Minas
Reunião da AMM em BH definiu paralisação (Foto: Assessoria AMM/Divulgação)Reunião da AMM em BH definiu paralisação
(Foto: Assessoria AMM/Divulgação)
Após o Município de Estrela do Indaiá anunciar paralisação das atividades como forma de economia e chamar atenção do governo federal para repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), em reunião nesta quinta-feira (30), 70 prefeitos mineiros decidiram fechar as portas das prefeituras no próximo dia 24 de agosto.
Segundo a assessoria da Associação Mineira de Municípios (AMM), participaram representantes das 43 microrregionais. No caso das regiões Centro-Oeste, Triângulo Mineiro e Zona da Mata, não foi informado quais cidades foram representadas no encontro.
A decisão, tomada em reunião da AMM, realizada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em Belo Horizonte, tem como objetivo mostrar à sociedade o arrocho financeiro vivido pelos municípios que não têm recebido o respaldo dos governos federal e estadual.
Serão interrompidos todos os serviços públicos, exceto os de urgência e emergência na Saúde. Além da paralisação, os prefeitos definiram fazer o bloqueio das rodovias que cortam o Estado na mesma data.
O presidente AMM e prefeito de Pará de Minas, Antônio Júlio, ressaltou que a crise que o país enfrenta é essencialmente política e a mais grave vivenciada nos 35 anos de vida pública dele. “Nós prefeitos estamos sem representatividade. Vemos um país sem comando e o Congresso Nacional não tem mostrado reação. As prefeituras estão fazendo adequações no orçamento e já demitiram muitos servidores. Estamos cortando na carne. A AMM vai dar todo o apoio aos prefeitos que decidirem aderir ao movimento”.
Prefeitos querem mostrar à sociedade as dificuldades financeiras AMM (Foto: Assessoria AMM/Divulgação)Prefeitos querem mostrar à sociedade as dificuldades financeiras (Foto: Assessoria AMM/Divulgação)
Bruno Scalon, prefeito de Sacramento e diretor regional da AMM no Alto Paranaíba, reforçou a importância de mostrar o motivo pelo qual haverá a paralisação. “Os repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e do ICMS estão em queda. Nós temos que buscar os recursos que estão faltando para não prejudicar os cidadãos”.
Cartilha
Para que a população entenda os motivos da mobilização, a AMM irá elaborar uma cartilha com as principais reivindicações das prefeituras. O documento será repassado a todas as microrregionais, que ficarão responsáveis por disseminar as informações em suas respectivas regiões. “O esclarecimento para a população é essencial porque é no município que os reflexos da crise são sentidos pelos cidadãos”, comentou Antônio Júlio.
Folha de Pagamento
Um dos problemas relatados pelos prefeitos durante a reunião diz respeito à folha de pagamento. Para diminuir as despesas das prefeituras com funcionários cedidos, o deputado Arlen Santiago entrou com um Projeto de Lei na Assembleia Legislativa de Minas Gerais no intuito de proibir a cessão de servidores públicos municipais no Estado para associações, fundações, órgãos públicos estaduais e federais, e quaisquer outras autarquias.
De acordo com o presidente da AMM, este apoio do Legislativo é de extrema importância para o Executivo municipal. “Temos que acompanhar e cobrar a aprovação do projeto que trará benefícios para a folha de pessoal das prefeituras

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