Compras em viagens ou em sites estão sujeitas a variações do câmbio.
Consumidores contaram ao G1 quais são as principais preocupações.
“Eu sempre pesquiso para comprar, faço diversas comparações e fico de olho nas promoções. Por isso sempre tenho uma noção de quanto vou gastar quando compro. Mas talvez tome um susto esse mês”, diz Igor, lembrando em seguida de uma compra recente que vai, sim, acabar ficando mais cara. “Infelizmente tem. Além de brinquedos, também compro jogos. Eles vão vir mais caros. Eram promoções, mas agora não parecem tanto”, ri o estudante.
eram promoções, mas agora não parecem tanto"
Igor Rangel, estudante
Karen conta que, quando viaja, sempre evita comprar com cartão de crédito porque já tomou esse tipo de “susto” outras vezes. “Mas desta não tive outra escolha porque tive que comprar algumas coisas que não estavam previstas”, diz a estudante, que também está preocupada com compras que fez no Aliexpress.
Agora, a família está reorganizando o cronograma da viagem para evitar gastos a mais por causa do câmbio. "Algumas coisas que eu estava planejando fazer lá e que não fechei no pacote, como alguns parques e passeios específicos, além de compras, comecei a cortar. Está ficando só a parte básica da viagem mesmo”, diz Rogério. No lugar dessas excursões, ele conta que vai incluir mais passeios pela cidade e algum tempo "curtindo a piscina do hotel".
Serviços mais caros
Outro gasto que acaba ficando mais caro com a alta do dólar é a contratação de serviços de tecnologia. Essa é a preocupação do designer Vinicius Leitão, que vive em São Paulo. “Eu tenho meu portfolio online. Meu site, onde ficam meus arquivos de trabalho, tem um servidor que não fica no Brasil. Então, uso serviços que são pagos em dólar. Uso a versão paga do Dropbox, por exemplo”, lista o profissional. Na ponta do lápis, ele calcula: “comecei pagando R$ 15 ou R$ 20 e agora tem coisa que eu pago R$ 40 ou R$ 50 por mês.”
com essa alta galopante do dólar, a gente tem que deixar de usar algumas ferramentas"
Renato Siqueira, consultor de marketing digital
“O Evernote, por exemplo, a licença profissional era cerca de R$ 80 há algum tempo, hoje chega a R$ 140. Para mim é uma ferramenta indispensável, mas para alguns clientes já inviabiliza o uso”, aponta. “Com essa alta galopante do dólar, a gente tem que deixar de usar algumas ferramentas e isso impacta a qualidade do serviço prestado para o cliente.”
Renato conta que, por causa de seu trabalho, tem 4 smartphones e costuma substitui-los com frequência. Para comprar os aparelhos em sites internacionais e ao mesmo tempo se proteger do sobe e desce do câmbio, ele utiliza um cartão de credito internacional pré-pago. “O débito é feito no momento a compra, então eu não tenho susto. O câmbio é feito com o valor da data que eu compro.”
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