Nas ruas, uma multidão de zumbis anda numa trajetória errante, fones nos ouvidos, celular na mão, correndo, inclusive, o risco de atropelo. Presenciei todas essas cenas
por
Alex Ferraz
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
No carro, os filhos, no banco de trás,
trocam mensagens com os pais, que seguem nos bancos da frente; no
restaurante, acabado o jantar (ou mesmo durante a ceia), o casal se
separa, cada um com seu smarthphone, clicando, lendo mensagens, sorrindo
à toa; no clube, a família - pai, mãe e filho - sai da piscina e cada
um se planta com seu aparelho (se possuíssem celulares à prova d’água,
certamente estariam fazendo o mesmo dentro da piscina). Nas ruas, uma
multidão de zumbis anda numa trajetória errante, fones nos ouvidos,
celular na mão, correndo, inclusive, o risco de atropelo. Presenciei
todas essas cenas.
O mesmo acontece em corredores de empresas, em mesas de trabalho e até em caixas de supermercados e balcões de lojas.
É a droga do século XXI, a psicose global, o excesso, enfim, no uso de uma tecnologia que, claro, é ótima e está aí para nos servir, mas não o contrário.
Uma das mentes mais brilhantes da ciência, Albert Einstein, disse, certa vez – e quando não havia celular nem internet – que “no dia em que a tecnologia dominar as relações humanas, teremos uma geração de idiotas.”
Exagero? Quem sabe... Mas uma pesquisa da Universidade do Missouri mostrou que, sem o aparelho, o usuário pode sofrer efeitos psicológicos e psiquiátricos graves. A proposta dos pesquisadores era compreender as consequências da separação de uma pessoa de seu smartphone. Mas eles disseram aos participantes que o objetivo era analisar o desempenho de um novo sensor de pressão sanguínea sem fio. O teste se resumiu a fazer um caça-palavras em laboratório. No início, os voluntários faziam isso com o iPhone ao lado. Os cientistas disseram, então, que o aparelho causava interferência e de uma outra vez eles ficaram sem o iPhone.
Resultado: os participantes apresentaram pressão alta, ficaram ansiosos e estressados e tiveram um desempenho inferior comparado com o primeiro teste. Os voluntários eram todos usuários de Iphone.
“A dependência pela tecnologia é comportamental, as outras são químicas, mas ela causa o mesmo desgaste na ponta do neurônio que as drogas”. É o que afirma o coordenador do Grupo de Dependências Tecnológicas do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, Cristiano Nabuco de Abreu. De mais a mais, as fotos desta páginas mostram que ninguém está imune a este mais recente e contagiante vício global.
O mesmo acontece em corredores de empresas, em mesas de trabalho e até em caixas de supermercados e balcões de lojas.
É a droga do século XXI, a psicose global, o excesso, enfim, no uso de uma tecnologia que, claro, é ótima e está aí para nos servir, mas não o contrário.
Uma das mentes mais brilhantes da ciência, Albert Einstein, disse, certa vez – e quando não havia celular nem internet – que “no dia em que a tecnologia dominar as relações humanas, teremos uma geração de idiotas.”
Exagero? Quem sabe... Mas uma pesquisa da Universidade do Missouri mostrou que, sem o aparelho, o usuário pode sofrer efeitos psicológicos e psiquiátricos graves. A proposta dos pesquisadores era compreender as consequências da separação de uma pessoa de seu smartphone. Mas eles disseram aos participantes que o objetivo era analisar o desempenho de um novo sensor de pressão sanguínea sem fio. O teste se resumiu a fazer um caça-palavras em laboratório. No início, os voluntários faziam isso com o iPhone ao lado. Os cientistas disseram, então, que o aparelho causava interferência e de uma outra vez eles ficaram sem o iPhone.
Resultado: os participantes apresentaram pressão alta, ficaram ansiosos e estressados e tiveram um desempenho inferior comparado com o primeiro teste. Os voluntários eram todos usuários de Iphone.
“A dependência pela tecnologia é comportamental, as outras são químicas, mas ela causa o mesmo desgaste na ponta do neurônio que as drogas”. É o que afirma o coordenador do Grupo de Dependências Tecnológicas do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, Cristiano Nabuco de Abreu. De mais a mais, as fotos desta páginas mostram que ninguém está imune a este mais recente e contagiante vício global.
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