A desnutrição infantil no Brasil já foi o maior problema de saúde pública do país
por
Chayenne Guerreiro
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
A desnutrição infantil no Brasil já foi o
maior problema de saúde pública do país. Na década de 70, 30% das
crianças entre 5 e 9 anos estavam com déficit de altura, um forte
indicador de desnutrição de longa data na infância. Cerca de 45 anos
depois, o país conseguiu reduzir consideravelmente o problema, pelo
menos, é o que informa o relatório da Organização das Nações Unidas
(ONU) para Alimentação e Agricultura (FAO). Segundo a FAO, foram
reduzidas em 58% o número de mortes de crianças desnutridas.
Apesar da vitoria considerável o problema está longe de ter acabado. Ainda existem cerca de 60 mil crianças menores de um ano de idade consideradas desnutridas. São no Norte e no Nordeste, que as situações estão mais criticas.
Como se não bastasse, o número de crianças com obesidade tem crescido alarmadamente. De acordo com dados divulgados pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), 7,3% das crianças com menos de 5 anos estão com excesso de peso. Já entre 5 e 9 anos, esse percentual de crianças chega a 33,5%. Na adolescência, o quantitativo é de 20,5%.
De acordo com a nutróloga pediatra, Junaura Barreto, desnutrição é um estado patológico causado pela falta de ingestão ou absorção de nutrientes. Já a obesidade é uma doença que cursa com o acúmulo excessivo de gordura corporal e tem múltiplos fatores causais. “A desnutrição energético-proteica é um estado patológico causado pela falta de ingestão ou absorção de nutrientes, podendo levar à morte nos casos graves. Obesidade Infantil é uma doença multifatorial, que está representada principalmente pelo excesso de peso adequada para idade e estatura da criança, e tem complicações diversas associadas,” explicou.
A depender da gravidade da desnutrição, ela se divide em três graus. Em casos muito graves, as consequências podem chegar a ser irreversíveis, mesmo que a criança continue com vida. A doença pode também ser leve e não apresentar nenhum tipo de sintoma. “A falta de alimentos por falta de recursos diversos, doenças que prejudiquem a absorção destes nutrientes ou que causem perdas dos mesmos, são os principais responsáveis pela desnutrição. Os prejuízos vão desde infecções recorrentes, déficits cognitivos e motores, a infecções graves que podem levar à morte,” contou a pediatra.
Ainda segundo Barreto, no caso da obesidade, a alimentação com excesso de calorias e desequilíbrio de nutrientes somado ao baixo nível de atividade física é a principal causa do excesso de peso. “Causas genéticas, doenças e a obesidade por excesso de ingestão calórica, sendo que a última não deixa de ser multifatorial e ter o componente genético envolvido, são alguns dos fatores causadores da doença. Os efeitos da obesidade, são a hipertensão, desenvolvimento da resistência à insulina (estado pré-diabetes), alterações cardiovasculares, doença aterosclerótica se iniciando, alterações ortopédicas (coluna, joelho), alterações respiratórias (apneia do sono), dentre outras,” disse.
De acordo com a nutróloga pediatra, Junaura Barreto, existem cuidados que os pais devem ter com a alimentação das crianças, e que começam ainda na gestação. “A principal forma de prevenção se inicia na gestação, com cuidados maternos para que tenha uma programação metabólica adequada deste feto. A alimentação da mãe, os cuidados com a saúde da gestante de modo geral. Após o nascimento o investimento no aleitamento materno, este exclusivo até o sexto mês de vida, previne obesidade e doenças crônicas e evita os erros alimentares que podem acarretar em um comprometimento do estado nutricional da criança . Na introdução da alimentação complementar até o segundo ano de vida da criança, deve-se evitar o uso de alimentos industrializados , o açúcar e o uso de sal d e adição em excesso,” finaliza.
Curso orienta sobre distúrbios nutricionais
Estão abertas as inscrições para a 4ª edição do Curso de Atualização em Nutrologia Pediátrica (Canp), que será realizado pela Sociedade Baiana de Pediatria (Sobape) nos dias 24 e 25 de abril. A capacitação é direcionada a pediatras e residentes de pediatria e tem como objetivo auxiliar na prevenção e redução da prevalência de distúrbios nutricionais no Brasil.O treinamento será das 8h às 12h e das 14h às 18h, na sede da Sobape, na Pituba. Informações e inscrições pelo telefone (71) 3341-6013.
Apesar da vitoria considerável o problema está longe de ter acabado. Ainda existem cerca de 60 mil crianças menores de um ano de idade consideradas desnutridas. São no Norte e no Nordeste, que as situações estão mais criticas.
Como se não bastasse, o número de crianças com obesidade tem crescido alarmadamente. De acordo com dados divulgados pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), 7,3% das crianças com menos de 5 anos estão com excesso de peso. Já entre 5 e 9 anos, esse percentual de crianças chega a 33,5%. Na adolescência, o quantitativo é de 20,5%.
De acordo com a nutróloga pediatra, Junaura Barreto, desnutrição é um estado patológico causado pela falta de ingestão ou absorção de nutrientes. Já a obesidade é uma doença que cursa com o acúmulo excessivo de gordura corporal e tem múltiplos fatores causais. “A desnutrição energético-proteica é um estado patológico causado pela falta de ingestão ou absorção de nutrientes, podendo levar à morte nos casos graves. Obesidade Infantil é uma doença multifatorial, que está representada principalmente pelo excesso de peso adequada para idade e estatura da criança, e tem complicações diversas associadas,” explicou.
A depender da gravidade da desnutrição, ela se divide em três graus. Em casos muito graves, as consequências podem chegar a ser irreversíveis, mesmo que a criança continue com vida. A doença pode também ser leve e não apresentar nenhum tipo de sintoma. “A falta de alimentos por falta de recursos diversos, doenças que prejudiquem a absorção destes nutrientes ou que causem perdas dos mesmos, são os principais responsáveis pela desnutrição. Os prejuízos vão desde infecções recorrentes, déficits cognitivos e motores, a infecções graves que podem levar à morte,” contou a pediatra.
Ainda segundo Barreto, no caso da obesidade, a alimentação com excesso de calorias e desequilíbrio de nutrientes somado ao baixo nível de atividade física é a principal causa do excesso de peso. “Causas genéticas, doenças e a obesidade por excesso de ingestão calórica, sendo que a última não deixa de ser multifatorial e ter o componente genético envolvido, são alguns dos fatores causadores da doença. Os efeitos da obesidade, são a hipertensão, desenvolvimento da resistência à insulina (estado pré-diabetes), alterações cardiovasculares, doença aterosclerótica se iniciando, alterações ortopédicas (coluna, joelho), alterações respiratórias (apneia do sono), dentre outras,” disse.
De acordo com a nutróloga pediatra, Junaura Barreto, existem cuidados que os pais devem ter com a alimentação das crianças, e que começam ainda na gestação. “A principal forma de prevenção se inicia na gestação, com cuidados maternos para que tenha uma programação metabólica adequada deste feto. A alimentação da mãe, os cuidados com a saúde da gestante de modo geral. Após o nascimento o investimento no aleitamento materno, este exclusivo até o sexto mês de vida, previne obesidade e doenças crônicas e evita os erros alimentares que podem acarretar em um comprometimento do estado nutricional da criança . Na introdução da alimentação complementar até o segundo ano de vida da criança, deve-se evitar o uso de alimentos industrializados , o açúcar e o uso de sal d e adição em excesso,” finaliza.
Curso orienta sobre distúrbios nutricionais
Estão abertas as inscrições para a 4ª edição do Curso de Atualização em Nutrologia Pediátrica (Canp), que será realizado pela Sociedade Baiana de Pediatria (Sobape) nos dias 24 e 25 de abril. A capacitação é direcionada a pediatras e residentes de pediatria e tem como objetivo auxiliar na prevenção e redução da prevalência de distúrbios nutricionais no Brasil.O treinamento será das 8h às 12h e das 14h às 18h, na sede da Sobape, na Pituba. Informações e inscrições pelo telefone (71) 3341-6013.
Nenhum comentário:
Postar um comentário