PM não preparou operação especial e vai monitorar redes sociais; coronel afirma que teve de usar força nessa quinta-feira após depredação
Bruno Deiro e Daniel Trielli - O Estado de S.Paulo
SÃO PAULO - O coronel da PM Reynaldo Simões Roque,
responsável pela operação que tentou conter a manifestação realizada
ontem em São Paulo, afirmou em entrevista coletiva que a polícia estava
monitorando pelas redes sociais o Movimento Passe Livre e que só
interveio quando o grupo começou a depredar a cidade. "Eles não são
manifestantes, são vândalos. Deixaram rastros por onde passaram", disse.
De acordo com Roque, a PM continua monitorando o movimento, mas não
prepara nenhum esquema especial para o protesto marcado para esta
sexta-feira , 7, com concentração às 17h, no Largo da Batata, na zona
oeste. A convocação para o evento, feita pelo Facebook, afirma que na
quinta-feira foram 5 mil nas ruas e nesta sexta "vai ser maior".
Tiago Queiroz/AE
Manifestantes destruiram lixeiras e montaram barricadas ateando fogo no lixo na Paulista
O manifestante Caio Matins Ferreira, de 19 anos, que se identificou como um dos articuladores do movimento, rebateu o comandante e disse que o grupo só agiu de forma violenta após a polícia lançar bombas de gás lacrimejante. "A construção de barreiras foi natural, pois a gente precisava se defender. Culpamos a polícia pela violência."
O Movimento Passe Livre marcou para esta sexta, às 17h, uma nova manifestação no na zona oeste da capital. A concentração será no Largo da Batata. Pelo menos 32 mil pessoas foram convidadas ao evento pela rede social e, até a 0h10 desta sexta, 1,2 mil pessoas haviam confirmado presença.
Nenhum comentário:
Postar um comentário