Defensores dos réus e da família de Eliza Samudio falam sobre teses.
Bruno e mais quatro réus começam a ser julgados pela morte da jovem.
Pedro Triginelli
Do G1 MG
Advogados de defesa e acusação movimentam a entrada do Fórum de
Contagem, na manhã desta segunda-feira (19). O goleiro Bruno e mais
quatro réus começam hoje a ser julgados pelo desaparecimento e morte de
Eliza Samudio.
Advogado Francisco Simim, de Dayanne e de Bruno
(Foto: Pedro Triginelli/G1)
O advogado Francisco Simim, que defende Bruno e a ex-mulher Dayanne
Rodrigues, disse estar confiante na absolvição de seus clientes. “Hoje é
o início. Vamos iniciar com o pé direito. Eles (acusação) não
conseguiram construir a prova para a condenação. Esperamos pela
absolvição de Dayanne e de Bruno”, disse o defensor na porta do Fórum de
Contagem. Ele e o advogado Rui Pimenta coordenam a defesa do goleiro.
O advogado da família de Eliza Samudio, José Arteiro Cavalcante Lima,
que é assistente do promotor neste julgamento, ironizou sobre a
declaração do advogado Rui Pimenta, que defende o goleiro, sobre a
escalação do atleta para a Copa de 2014. “Qualquer pessoa de
inteligência média sabe que a Eliza morreu. Ela está morta. Ele vai
jogar é no time da Hungria, Nelson Hungria”, disse.
Convidado pela defesa do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o
Bola, um dos acusados do crime, o perito criminal George Sanguinetti
está no fórum para, segundo o advogado Fernando Magalhães, mostrar a
ausência de materialidade da morte de Eliza. “A perícia não encontrou
nada na casa do Bola. Não existe prova de que ela [Eliza Samudio] esteve
lá [na casa do Bola]. Vamos apresentar à juíza e aos jurados isso. Não
havia DNA, cabelo ou marca de sangue [no sítio do Bruno]. Não há provas
de que houve agressões no sítio", disse o perito. “O [George]
Sanguinetti vai esclarecer a ausência de provas de materialidade.
Estamos confiantes de que seja feita a justiça", completou o advogado
Fernando Magalhães.
Em frente ao fórum, familiares de Bola carregavam uma faixa com frases
como: "Marcos, sentimos sua falta" e "acreditamos na sua inocência".
Os réus serão julgados por um grupo de sete pessoas, formado por
cidadãos maiores de 18 anos residentes em Contagem (MG), sem antecedente
criminal ou parentesco com os acusados. Eles são sorteados um a um ao
início da sessão entre 25 pessoas previamente escaladas. A juíza Marixa
pediu também que suplentes estejam à disposição.
José Arteiro Cavalcante Lima, advogado da família de Eliza
(Foto: Pedro Triginelli/G1)
A defesa de cada réu, e em seguida a acusação, podem recusar três
jurados sem justificativa na medida em que vão sendo sorteados, até
formar o Conselho de Sentença. Os sete jurados ficam confinados até o
final do julgamento e não podem conversar entre si sobre o caso. A
acomodação e alimentação são custeadas pelo Tribunal de Justiça de Minas
Gerais, que prevê um gasto de R$ 35 mil com o júri.
Nenhum comentário:
Postar um comentário