Coluna de Alexandre Garcia, publicada diariamente pela Gazeta:
Quando se fala em impeachment do presidente Bolsonaro é porque a
pessoa foi perguntada durante uma entrevista e não por iniciativa de
quem faz a declaração. Ou seja, alguém induziu o entrevistado a falar
sobre o assunto.
Agora, o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso põe uma
pá de cal nesse assunto. Ao ser perguntado, disse o seguinte: “falar de
impeachment seria no mínimo arriscado.”
E continuou: “por trás da votação no Congresso e das alegações
jurídicas, em um impeachment existe sempre um movimento popular que não
se vê no momento. Melhor nem cogitar prematuramente esse movimento
porque desgasta os poderes e deixa mágoas de difícil superação.”
Traduzindo, ele quis dizer que só há impeachment com apoio popular.
Para o ex-presidente, se forçar a barra o clamor popular vai reagir. Não
há movimento hoje, estão inventando um clamor.
Fim do motim de PMs
Os PMs do Ceará terminaram o movimento e não tiveram nenhuma
reivindicação atendida. Eles só tiveram desgaste. Outra pessoa que teve
desgaste é o senador Cid Gomes, que precisa mostrar o raio-X para que a
gente possa ver os dois projéteis de ponto 40 no tórax dele, que teriam
perfurado o pulmão.
Um juiz soltou os revoltosos que estavam presos, mas não houve
anistia. Vai ser aberto inquérito para os desertores, inclusive com a
punição de expulsão para os casos mais graves.
Teve um PM que disse que ia passar para o lado do crime se as
demandas deles não fossem atendidas. Quem diz uma coisa dessas não tem a
menor vocação para ser um agente da lei disposto a doar a vida pelos
outros.
De mãos dadas com o Uruguai
Nos vídeos em que o presidente Bolsonaro está, no Uruguai, parece que
ele é candidato à presidência do país. Uma multidão ao redor do
Parlamento uruguaio gritou “Bolsonaro, Bolsonaro” e depois “Brasil,
Brasil, Brasil”. Foi emocionante.
Bolsonaro agitou uma bandeira uruguaia, depois cumprimentou as
pessoas que estavam presentes. Agora, Brasil e Uruguai vão ter uma
relação mais próxima, os dois chefes de Estado confirmam isso.
É bom a gente lembrar que o Uruguai já foi província do Brasil
durante a monarquia. O nome da província na época era Cisplatina. O
Brasil perdeu o território na Batalha de Ituzaingó e o país vizinho
declarou sua independência.
Depois de 15 anos de governos de esquerda no Uruguai, ficou para
Lacalle Pou um déficit fiscal, o narcotráfico, o crime e assaltos na rua
praticados por menores de idade. Parece que aplicaram no país fórmulas
que deram errado no Brasil.
BLOG ORLANDO TAMBOSI
Nenhum comentário:
Postar um comentário