SÃO PAULO (SP) – Depois do anúncio da linha 2020 do
Honda HR-V, em que o destaque foi o retorno da versão Touring, por
inacreditáveis R$ 139.900, a marca japonesa resolveu chamar a imprensa
para explicar o posicionamento de preço e mostrar as virtudes da versão.
O HR-V Touring passa a ser equipado com o motor 1.5 turbo de 173 cv, o
mesmo que é utilizado na versão mais sofisticada do Civic, que custa
cerca de R$ 10 mil a menos.
O argumento da Honda é que a versão, apesar de o modelo ser um SUV compacto, se posiciona num degrau acima, onde orbitam os utilitários de porte médio, como o Jeep Compass. O reposicionamento é justificado pelo pacote de conteúdos como partida sem chave, teto solar panorâmico, sensores dianteiros e traseiro, assim como a câmera de auxílio para manobras, instalada no retrovisor direito, o LaneWatch.
Os executivos da Honda explicam que a versão equivale aos rivais de porte maior pelo desempenho do motor e surge com uma opção para aquele consumidor que busca o refinamento de um SUV médio, mas considera mais prático o porte compacto do Honda. Ou seja, o HR-V Touring é aquele pão de queijo recheado com calabresa, bem mais caro que o similar sem recheio, apesar de ser bem menor que um quibe que custa o mesmo preço.
O carro
Analogias de lanchonete à parte, fato é que levamos o carro para a estrada. Num teste de aproximadamente 300 quilômetros, com direito a engarrafamentos no Centro de São Paulo e trecho rodoviário. O HR-V sempre foi um automóvel bem acertado, com boa montagem, acabamento caprichado e isolamento acústico impecável. No entanto, o jipinho japonês sempre careceu de mais vigor. A unidade 1.8 de 140 cv nunca foi uma sinônimo de performance atlética, apesar de cumprir bem o seu papel.
Com a unidade turbo, o HR-V ficou esperto. Os 22,4 mkgf de torque estão disponíveis a partir dos 1.500 rpm, o que garante força ao utilitário a qualquer momento. Mas para receber o motor apimentado, a Honda precisou fazer ajustes no carro, o que contribuiu para elevar o preço.
Junto do motor turbo, ele também recebeu nova transmissão, herdada do Civic Touring. A unidade CVT Large, que conta com conversor de torque como uma caixa automática convencional, foi aplicada para atender ao maior torque e potência do motor. Sua programação conta com sete posições que simulam as marchas de uma caixa com engrenagens.
Outro ajuste foi a instalação de um novo abafador central, de maior volume. Para suportar o fluxo maior do escapamento, ele ganhou corpo mais largo e está posicionado na lateral do jipinho. Isso porque o tanque de combustível do HR-V fica abaixo dos bancos dianteiros e não sob o banco traseiro. É por isso que ele permite diversas configurações de rebatimento para aumentar o volume de carga.
Em termos de consumo, a unidade registrou média de 13,2 km/l. Lembrando que, como no Civic, a unidade turbo só pode ser abastecida com gasolina, uma vez que motor e transmissão são importados.
Todas as mudanças impactaram no preço do carro, mas que ainda assim é exagerado. Mesmo considerando o lastro que a marca Honda tem no mercado brasileiro e a relação de fidelidade dos consumidores, trata-se de um valor além de seu segmento. Colocar o pão de queijo recheado na prateleira da coxinha de catupiry não fará com que ele deixe de ser pão de queijo.
O argumento da Honda é que a versão, apesar de o modelo ser um SUV compacto, se posiciona num degrau acima, onde orbitam os utilitários de porte médio, como o Jeep Compass. O reposicionamento é justificado pelo pacote de conteúdos como partida sem chave, teto solar panorâmico, sensores dianteiros e traseiro, assim como a câmera de auxílio para manobras, instalada no retrovisor direito, o LaneWatch.
Os executivos da Honda explicam que a versão equivale aos rivais de porte maior pelo desempenho do motor e surge com uma opção para aquele consumidor que busca o refinamento de um SUV médio, mas considera mais prático o porte compacto do Honda. Ou seja, o HR-V Touring é aquele pão de queijo recheado com calabresa, bem mais caro que o similar sem recheio, apesar de ser bem menor que um quibe que custa o mesmo preço.
O carro
Analogias de lanchonete à parte, fato é que levamos o carro para a estrada. Num teste de aproximadamente 300 quilômetros, com direito a engarrafamentos no Centro de São Paulo e trecho rodoviário. O HR-V sempre foi um automóvel bem acertado, com boa montagem, acabamento caprichado e isolamento acústico impecável. No entanto, o jipinho japonês sempre careceu de mais vigor. A unidade 1.8 de 140 cv nunca foi uma sinônimo de performance atlética, apesar de cumprir bem o seu papel.
Com a unidade turbo, o HR-V ficou esperto. Os 22,4 mkgf de torque estão disponíveis a partir dos 1.500 rpm, o que garante força ao utilitário a qualquer momento. Mas para receber o motor apimentado, a Honda precisou fazer ajustes no carro, o que contribuiu para elevar o preço.
Junto do motor turbo, ele também recebeu nova transmissão, herdada do Civic Touring. A unidade CVT Large, que conta com conversor de torque como uma caixa automática convencional, foi aplicada para atender ao maior torque e potência do motor. Sua programação conta com sete posições que simulam as marchas de uma caixa com engrenagens.
Outro ajuste foi a instalação de um novo abafador central, de maior volume. Para suportar o fluxo maior do escapamento, ele ganhou corpo mais largo e está posicionado na lateral do jipinho. Isso porque o tanque de combustível do HR-V fica abaixo dos bancos dianteiros e não sob o banco traseiro. É por isso que ele permite diversas configurações de rebatimento para aumentar o volume de carga.
Em termos de consumo, a unidade registrou média de 13,2 km/l. Lembrando que, como no Civic, a unidade turbo só pode ser abastecida com gasolina, uma vez que motor e transmissão são importados.
Todas as mudanças impactaram no preço do carro, mas que ainda assim é exagerado. Mesmo considerando o lastro que a marca Honda tem no mercado brasileiro e a relação de fidelidade dos consumidores, trata-se de um valor além de seu segmento. Colocar o pão de queijo recheado na prateleira da coxinha de catupiry não fará com que ele deixe de ser pão de queijo.
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