Decreto revolta país ao criar cota para ex-presos
- que terão emprego garantido nas empresas que prestarem serviços ou
venderem produtos para o Governo Federal. Qualificação e honestidade não
assegura emprego, mas quem cometeu crimes terá vaga garantida após
cumprir a pena. Como estes aí na foto.
Empresas que firmarem contratos com a União acima de R$ 330 mil agora
estão obrigadas a ter entre 3% e 6% de seus funcionários “egressos” do
sistema prisional, segundo decreto que entrou em vigor na quarta (25),
que “regulamenta aspectos” da lei 8.666, a Lei das Licitações.
O ministro dos Direitos Humanos, Gustavo Rocha, foi o autor da ideia de
jerico que provocou revolta em todo o País, sobretudo nas redes
sociais. “Estudei cinco anos de graduação, estou há 5 meses fazendo
pós-graduação e continuo sem emprego”, desabafa o engenheiro Fernando
Augusto.
“Se eu soubesse que era só ser preso, não teria estudado”, concluiu,
indignado. E com razão. O governo não adotou qualquer política que
estimule as empresas a aumentar a oferta de empregos a pessoas honestas
que se qualificaram para isso.
Cota de Bandido
Além do “auxílio-reclusão”, instituído no governo Lula e conhecido por
“bolsa bandido”, e de outras regalias, o governo agora busca de certa
maneira também premiar os “egressos do sistema prisional” com empregos.
“Conservadorismo é uma lástima”, ironiza Bernadete Veras no Twitter,
“Ensinei ao meu filho valores como decência e honestidade e que estudar
era o único caminho para um futuro digno e tranqüilo”. Seu filho, após
17 anos estudando, com doutorado e pós, está desempregado.
Existe o temor de que empresas com predominância de mulheres em seus
quadros, por exemplo, fiquem sujeitas a ser obrigadas a contratar
condenados por crimes como estupro. “O ministério devia mudar o nome
para Direitos dos que Cometem Crimes,” ironiza o jornalista Cláudio
Humberto.
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