Após espera de um dia por leito, mulher grávida perdeu filho.
Autônomo reclama de espera e falta de água no bebedouro do hospital.
Na semana passada, a irmã da estudante Gabriela Castro descobriu que estava com o filho morto dentro da barriga após fazer um ultrassom. Na última segunda-feira (10) ela teve sangramentos, mas somente na terça (11) procurou auxílio médico. Foi ao Instituto da Mulher Dona Lindu, mas não havia leito, e à maternidade Balbina Mestrinho, que também estava lotada.
Na quarta-feira (12), Gabriela e a irmã retornaram ao Instituto da Mulher e conseguiram atendimento, mas tiveram que ficar sentadas em uma sala de espera para conseguir um leito. "Fiquei sentada na cadeira de quarta até quinta-feira, às 17h. Depois conseguiram um leito para minha irmã realizar os procedimentos, tomar os remédios e 'expulsar' o feto. Mas o bebê já estava morto na barriga dela durante todos estes dias", relatou a estudante.
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Já o autônomo Welton Coelho acompanha a esposa que está em tratamento.
Além da espera, ele reclama que o bebedouro está sem água desde a semana
passada. "Nós ficamos a mercê dessa condição. Um hospital tão bonito
como este, onde muitas coisas acontecem. As situações parecem pequenas,
mas são importantes para o usuário", disse.Nesta sexta-feira (14), a auxiliar de serviços gerais, Neuza Oliveira Góes, também teve sangramentos além do normal e procurou ajuda no Instituto considerado referência no atendimento à mulher. Ela passou horas aguardando e quando foi recebida por um médico saiu indignada. "Quando cheguei aqui, o médico apenas olhou pra mim, passou um exame de ultrassom e me pediu que retornasse. Dentro do hospital a máquina que realiza esse procedimento está quebrada. Não tem como fazer!", completou.
De acordo com a assessoria da Secretaria de Estado da Saúde (Susam), a paciente que perdeu o bebê realizou o procedimento cirúrgico e passa bem. Já o bebedouro de visitantes está em manutenção e não há prazo para voltar a funcionar, mas as pessoas podem utilizar os de outros setores do hospital. O órgão não soube explicar o motivo da paciente não conseguir fazer o exame de ultrassonografia na unidade de saúde.
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