'Não há vantagem entre novo ou usado, a regra é o estudo', diz profissional.
Veja dicas de como escolher imóveis; Salão Imobiliário ocorre até domingo.
A jovem marcou o casamento para fevereiro de 2011, dois meses após a data de entrega das chaves informada pela construtora, que seria dezembro de 2010. Quase tudo comprado, o casamento aconteceu, mas, para infelicidade do casal, o apartamento começou a ser construído no mês marcado para a entrega. "Foi péssimo, tivemos de pagar aluguel, fora a prestação do apartamento. Tivemos de esperar até agosto deste ano [2012] para entrar no apartamento", conta a jovem.
(Foto: Elis Bonfim/Arquivo Pessoal)
Para a presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis da Bahia (Sindimóveis), Eliane Freitas, a regra para buscar o imóvel ideal é a mesma orientada por Elis: estudar. "As pessoas devem saber o que realmente desejam. Por exemplo, nós sabemos que os novos empreendimentos são menores, porque é uma tendência nas grandes cidades, com cada vez menos espaço. Mas, em compensação, trazem uma área comum maior, geralmente com piscina, parques, quadras. Com isso, quem quer espaço e não está tão interessado nas áreas de lazer, os apartamentos mais antigos podem ser ótimas opções", avalia.
O consultor imobiliário Jarbas Barbosa ressalta que o comprador não deve pensar somente na vida presente e projetar a vida para os próximos anos. "Por exemplo, se a pessoa vai comprar um apartamento ainda solteiro, mas pensa em se casar, em ter um, dois filhos, o espaço que ele necessitará será outro e essa previsão deve ser pensada também na hora da compra", explica.
Para quem optar pelo imóvel usado, algumas medidas devem ser tomadas após a escolha do local. "A primeira coisa a ser vista é a estrutura e a conservação do imóvel. Solicitar a ajuda de um pedreiro ou eletricista para checar as instalações elétricas e hidraúlicas, conversar com o síndico e saber se há taxas extras, ter detalhado os dados da mensalidade do condomínio", explica Eliene Freitas, do Sindimóveis.
Outro fator considerado importante pelos profissionais é a documentação. "O comprador deve procurar a justiça, através dos tribunais federais e do trabalho, e solicitar os certificados de negativa de IPTU, as certidões trabalhistas, cíveis, a certidão de ônus e a declaração do condomínio, documentos essenciais para que se tenha certeza de que o imóvel não tem dívidas nem pendências judiciais", detalha.
O interessado deve ainda calcular se o imóvel usado necessita de reformas, e saber, antes da compra, a média de quanto será gasto em obras ou modificações. "Sempre recomendo que meu cliente tire um tempo para pensar nesses pormenores. Sem dúvida nenhum, quando há estudo prévio, o imóvel novo ou usado poderá ser encontrado com ótimas condições", ressalta o consultor Jarbas Barbosa.
De acordo com os números da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi), em 2011 foram vendidos 13.241 novos imóveis no estado. De janeiro a julho deste ano, o número atinge 5.019 unidades vendidas, um pouco menor que as 5.225 do mesmo período do ano passado.
O mercado deve aquecer nos próximos dias por conta do Salão Imobiliário, que acontece no Centro de Convenções, situado no bairro do Stiep, em Salvador, até domingo (30).
Serão oferecidas opções entre R$ 100 mil e R$ 5 milhões, com descontos e programas facilitadores de crédito da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil. O acesso ao evento será gratuito. Neste sábado (29) e no domingo (30), o horário é das 10h às 22h.
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