Sete mil pontos de vendas devem participar da promoção em toda cidade.
Eletroeletrônico, vestuário e calçado são os produtos mais procurados.
(Foto: Tatiana Maria Dourado/G1)
De acordo com Karina Brito, gerente de marketing do Shopping Barra, o valor médio de desconto é estipulado pelos próprios empresários e historicamente varia entre 20% e 70%. Eletroeletrônico, vestuário e calçado são os produtos mais procurados, conforme o levantamento da administração do shopping. "A estimativa é que o movimento de pessoas aumente em 9% e o de vendas em 7%, sempre comparado a um ano antes. O objetivo padrão é mesmo queimar o estoque", afirma a gerente. Karina Brito ainda relata que os horários considerados de maior incidência de compras são das 11h às 15h e das 17h às 22h.
O G1 constatou na manhã desta quarta-feira (29) que as pessoas que passeavam pelo shopping mais observavam os produtos através da vitrine do que executavam compras. "A tendência é crescer [o movimento]", acredita o gerente de uma loja de artigos de viagem, Waldomiro dos Santos Filho. Para ele, a época de liquidação é boa para o cliente, mas também traz vantagens aos vendedores. "É um sucesso no varejo e os vendedores gostam, porque ganham até 20% a mais e até prêmios por vendagem", comenta.
(Foto: Tatiana Maria Dourado/G1)
Em uma das lojas especializadas em vestuário, um vestido de paetê que custa R$ 299,99 passará a valer R$ 99, o que representa abatimento de 68%. "Colocamos a coleção inteira de verão na promoção, o objetivo é queimar o estoque. A loja já está toda com descontos de 50% a 90%, mas amanhã [quinta-feira] deve aumentar ainda mais", afirma a consultora de moda Luana Bahia, de 18 anos.
A gerente de uma das grandes lojas de artigos esportivos, Elizabeth Araújo, também optou por adiantar a promoção em um dia, iniciando nesta quarta-feira. "Amanhã vamos aumentar a quantidade de produtos. O desconto aqui varia entre 20% e 50%. O que mais vende são mesmo os tênis, mas, de dezembro para cá, cresceu a procura pelo vestuário. Faz parte da rotina do mês e as pessoas que procuram o esporte têm aumentado", afirma a gerente, que estima um faturamento de 30% a mais nesta época.
(Foto: Tatiana Maria Dourado/G1)
"O pessoal compra muito em função do preço, mas a maioria das pessoas já frequentam aqui. A ideia é participar do momento e vender os produtos de ponta de estoque", relata Francisco Pacheco, gerente de uma dessas lojas.
Equilíbrio
O economista Paulo Dantas, membro do Conselho Federal de Economia, alerta que para identificar uma boa oferta é preciso checar o preço original do produto, se ele não for exposto ao cliente. “Desconfie de descontos muito grandes, maiores de 50%, e pergunte o valor que aquilo custava de fato antes da liquidação”, diz. “Lembrando que qualquer desconto acima de 5% já é uma vantagem”, complementa.
Para o especialista, o cartão de crédito não é vilão na hora de aproveitar as promoções. É viável recorrer a ele contanto que o consumidor se comprometa a arcar com as despesas geradas e não pagar apenas o mínimo, por exemplo. “O Brasil é o país que cobra juros mais caros nos cartões de crédito em toda a América do Sul. Por isso, fuja de deixar gastos para pagar no mês seguinte. E na hora de escolher o número de parcelas, se não incidir juros, é possível dividir o máximo que precisar”, ensina.
Paulo diz ainda que comprar por impulso um produto do qual não necessita certamente vai desajustar o orçamento mensal. “É o chamado consumo consciente. Você pode aproveitar a liquidação para comprar uma geladeira nova e trocar aquela velha, que gasta mais energia. Assim, você vai ter uma economia na conta de luz. A pessoa pode fazer também aquela viagem que sempre teve vontade”, diz.
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