MEDIÇÃO DE TERRA

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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Fortunati dá prazo até 31 de março antes de indicar outro estádio a Fifa


Frustrado com construtora Andrade Gutierrez, prefeito de Porto Alegre tem poder de propor para a Fifa uma alternativa ao Beira-Rio

Por Daniel Scola Porto Alegre
José Fortunati fala sobre as obras no Beira-Rio (Foto: Diego Guichard / GloboEsporte.com)José Fortunati fala sobre as obras no Beira-Rio
(Foto: Diego Guichard / GloboEsporte.com)
Depois de mais uma tentativa de negociação sobre as obras no Beira-Rio para a Copa do Mundo terminaram frustradas, a prefeitura de Porto Alegre deu prazo de um mês, até 31 de março, para que haja uma solução antes de indicar outro estádio para receber os jogos de 2014. À reportagem da RBS TV, o prefeito José Fortunati disse estar frustrado com a postura da Andrade Gutierrez. É de Fortunati o poder de propor para a Fifa uma alternativa se não houver acordo no Beira-Rio. As obras da casa colorada estão paradas há quase 250 dias, à espera da assinatura do contrato entre o clube e a construtora.
- O prazo termina no fim do mês de março - avisa o prefeito. - Mais 30 dias depois disso, é realmente desatar o nó e buscarmos outra alternativa.
Logo após a reunião entre a Andrade Gutierrez e o Banrisul, que resultou sem acordo, o presidente do Inter, Giovanni Luigi, foi ao Palácio Piratini, a sede do governo em Porto Alegre, para pedir apoio das autoridades para que o estádio Beira-Rio siga como plano A do Rio Grande do Sul para sediar a Copa de 2014. Um tanto desconfortável com a situação, cobrou da Andrade Gutierrez uma posição definitiva sobre o imbróglio, mas não quis comentar o prazo dado pela prefeitura, afirmando que aguarda um comunicado oficial.
- Esperamos que a Andrade Gutierrez melhore a proposta e apresente as garantias ou banque a reforma. Não é possível que uma empresa que faturou 12 bilhões de dólares no ano passado não consiga arcar com essa obra - disse, em contato com o GLOBOESPORTE.COM.
No próximo dia 7 de março, o Comitê Organizador Local (COL) visitará Porto Alegre, mas Luigi não vê condições de que o imbróglio seja definido até essa data. O presidente aproveitou para ressaltar que a chegada do COL não tem relação com o impasse com a construtora.
- Não acredito, está muito em cima. A visita tem outros objetivos, mas espero que até lá tenhamos uma condição avançada - projetou.
Durante duas horas, dirigentes da Andrade Gutierrez se reuniram com representantes do Banrisul para discutir o financiamento no início da tarde desta terça-feira. Se esperava que a construtora apresentasse mais garantias do financiamento com o Banrisul para fazer as obras. Mas, segundo o presidente da instituição, não foi o aconteceu. A construtora, que não deu entrevista, quer formar uma sociedade para captar cerca de R$ 200 milhões. Ela promete arcar com 20% dos custos da reforma, colocando o percentual restante sob responsabilidade de quatro investidores parceiros.
- Nós estamos solicitando garantias da totalidade do empreedimento 100% de garantia e o que nos está sendo oferecido é 20%. Faltam garantias - explicou Túlio Zamin.

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