quarta-feira, 4 de outubro de 2023
Radiologia intervencionista é opção efetiva, segura e menos invasiva para tratamento de câncer e diversas outras doenças
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Por Dr. Harley de Nicola*
A
medicina tem testemunhado avanços notáveis no campo da radiologia
intervencionista. Essa abordagem inovadora tem revolucionado a forma
como diversas doenças são diagnosticadas e tratadas, oferecendo opções
menos invasivas do que as intervenções cirúrgicas tradicionais.
A
radiologia intervencionista é uma especialidade médica que utiliza
tecnologias de imagem avançadas, como tomografia computadorizada e
ultrassom, para guiar procedimentos minimamente invasivos e
terapêuticos. Diferente das cirurgias tradicionais, que envolvem
incisões significativas, essa modalidade utiliza pequenas incisões para
inserir cateteres, agulhas e drenos através da pele, resultando em menos
trauma ao paciente e uma recuperação mais rápida.
Mesmo
não muito difundida, a radiologia intervencionista já é uma realidade
em nosso País, que está na vanguarda da especialidade a nível mundial.
Na Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem
(FIDI), pioneira na utilização de tecnologia, referência em diagnóstico
por imagem e presente nos estados de São Paulo e Goiás e na cidade de
Manaus (AM), a técnica foi usada aproximadamente 45 mil vezes desde 2018
em mais de 34 diferentes tipos de procedimento em 33 unidades da
Fundação aumentando consideravelmente as chances de sucesso em
tratamentos e diminuindo a necessidade, a complexidade e os riscos de
intervenções cirúrgicas.
A
prática desempenha um papel crucial no tratamento de alguns tipos de
câncer. A ablação por radiofrequência é uma opção eficaz para destruir
tumores em estágios iniciais. Em paciente oncológico, essa técnica
guiada por imagem pode ser uma forma de "queimar" o tumor – com paciente
somente sedado, sem a necessidade de anestesia geral.
Estudos
comprovam que a radiologia intervencionista pode ser uma solução
terapêutica efetiva, segura, menos invasiva e mais econômica que o
procedimento cirúrgico para tratar doenças como câncer de fígado,
malformações linfáticas, lesões pulmonares periféricas, entre outras.
Além
disso, a radiologia intervencionista é utilizada para tratar condições
como doenças hepáticas e renais. Conhecido como drenagem percutânea, o
procedimento pode ser feito com pacientes que apresentem dificuldade em
eliminar fluidos, como a urina. Com uma anestesia local, um dreno
introduzido pela pele e guiado por ultrassom até o rim, pode-se diminuir
o excesso de urina represada, normalizando a função do órgão.
A
radiologia intervencionista frente às operações tradicionais
proporciona diversas vantagens, principalmente por ser menos invasiva,
por reduzir a dor, o risco de complicações e o tempo de recuperação do
paciente. E os pacientes submetidos a procedimentos geralmente retornam
às suas atividades normais mais rapidamente do que após cirurgias
convencionais.
Muitos
procedimentos podem ser realizados sob anestesia local ou sedação leve,
evitando a necessidade de anestesia geral. A radiologia intervencionista
exige pequenas incisões, o que reduz o risco de infecções e
complicações pós-operatórias. Esse cenário é importante,
preferencialmente, para pacientes idosos ou com condições de saúde
delicadas que não são candidatos a cirurgias e podem se beneficiar da
metodologia.
É o caso da
necessidade de retirada de amostra de tumores localizados muito próximos
de órgãos vitais para biopsia. Em alguns casos em que o paciente pode
estar debilitado, passar por procedimentos invasivos pode piorar o
quadro de saúde. A tecnologia é usada para, guiado por imagem, desviar
desses órgãos e chegar com mais precisão no fragmento que se deseja
extrair, preservando o acamado.
A
radiologia intervencionista emerge como uma abordagem inovadora e
eficaz no tratamento de uma ampla gama de doenças, oferecendo
alternativas menos invasivas e mais seguras em comparação com as
cirurgias convencionais. Sua capacidade de utilizar tecnologias de
imagem para guiar procedimentos terapêuticos tem transformado a
experiência do paciente e a maneira como os profissionais de saúde
abordam condições médicas complexas, proporcionando uma nova esperança
para pacientes e famílias enfrentando desafios de saúde significativos.
*
Dr. Harley de Nicola é médico radiologista intervencionista e
Superintendente Médico da FIDI - Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo
de Diagnóstico por Imagem, instituição filantrópica de saúde, que
realiza mais de 5 milhões de exames por imagem anualmente no Brasil.
Informações para a imprensa:
Juliana Souza: juliana.souza@agenciafr.com.br / (11) 96287-6723
Gabriele Silva: gabriele.silva@agenciafr.com.br / (16) 99623-2823
Bruna Machado: bruna.machado@agenciafr.com.br / (91) 98150-9098
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