Folha
A atriz Regina Duarte é considerada uma bomba relógio prestes a explodir, por integrantes do núcleo próximo de Jair Bolsonaro. É tida como imprevisível, além de desligada em relação a compromissos políticos que seriam caros ao presidente.
A primeira crise na Secretaria de Cultura, que ela assumiu nesta quarta-feira (dia 4), é esperada já para os próximos dias: Regina sinalizou que pode demitir ainda mais funcionários do órgão, todos ligados a apoiadores de Bolsonaro.
FELICIANO E OLAVO – Entre os demissíveis estão nomes conectados com o deputado Marco Feliciano (sem partido) e o escritor Olavo de Carvalho.
Regina já colheu uma derrota: ela queria demitir Sérgio Camargo, presidente da Fundação Palmares, que diz não existir racismo no Brasil. Ele não só ficou no cargo como postou nesta semana, nas redes sociais, foto com Bolsonaro o apoiando. E o presidente também postou a mesm foto.
Já a atriz entrou na mira de olavistas, que passaram a atacá-la nas redes sociais. De acordo com um integrante da equipe do presidente, o governo tem bandeiras claras. Regina terá que aderir a elas. E não o contrário.
BEBIANNO E HELENO – O ex-ministro Gustavo Bebianno diz entender as razões de o general Augusto Heleno afirmar à CPMI das Fake News que nunca ouviu falar na discussão para a criação de uma “Abin paralela”, que teria sido proposta por Carlos Bolsonaro. “Avalio a saia justa em que ele está”, diz Bebianno, que revelou que o general sabia das intenções do filho do presidente.
“Digamos que ele tenha se esquecido do fato, ou não esteja ligando o nome à ‘pessoa’”, segue o ex-ministro. “Tenho muito respeito pelo general, assim como por todos os militares em geral. Não se chega ao topo da carreira por obra do acaso. Por isso, não vou ficar me contrapondo a ele”, finaliza.
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