Talita Fernandes
Folha
Nomeada nesta quarta-feira (dia 4) secretária especial da Cultura, a atriz Regina Duarte fez uma série de exonerações na pasta, publicadas no Diário Oficial da União. Após encerrar um contrato de 50 anos com a TV Globo, a atriz chega ao governo de Jair Bolsonaro com o objetivo de pacificar a área de cultura, marcada por crises desde o início da gestão.
À frente da pasta, Regina terá um salário mensal de R$ 17.327,65. Ela já enfrenta resistência da ala ideológica do governo, em especial de seguidores do escritor Olavo de Carvalho, pelas exonerações feitas nesta quarta.
PACIFICAÇÃO – No discurso de posse, Regina Duarte anunciou que seu objetivo é a harmonizar a relação do governo com o setor cultural. “Meu propósito aqui é pacificação e diálogo permanente com o setor cultural, com estados e municípios, com o parlamento e com os órgãos de controle”, afirmou a nova secretária.
A nova secretária disse ainda que sua gestão à frente da pasta tratará a cultura como geradora de emprego, renda, educação e inclusão social. “Uma cultura forte consolida a identidade de uma nação. A cultura é um ativo que gera emprego, renda, inclusão social, impostos, acessibilidade e educação. E é nisso que acreditamos”, completou.
De acordo com o Ministério do Turismo, pasta à qual a secretaria está vinculada, Regina Duarte vai comandar um orçamento de R$ 2 bilhões em 2020.
REAÇÃO NAS REDES SOCIAIS – A demissão de nomes ligados à ala olavista levou à reação de apoiadores de Bolsonaro nas redes sociais e a hashtag #ForaRegina está entre os assuntos mais comentados no Twitter.
O próprio Olavo de Carvalho usou as redes para criticar a nova secretária. Ele se queixou sobre a possibilidade de a atriz excluir de seu quadro de servidores seguidores do escritor, guru ideológico do bolsonarismo.
“Se a Regina Duarte quer mesmo se livrar de indicados do Olavo de Carvalho, a pessoa principal que ela teria de botar para fora do ministério seria ela mesma”, escreveu, antes das exonerações serem confirmadas.
Regina é a terceira secretária a comandar a pasta, marcada por uma série de controvérsias desde o início da gestão Bolsonaro. Publicamente, ela vem dizendo que tem como missão pacificar a secretaria e fazer com que a cultura esteja acima de ideologias.
VEJA QUEM JÁ SAIU – Confira a lista dos exonerados e seus respectivos cargos: Ricardo Freire Vasconcelos, diretor do Departamento do Sistema Nacional de Cultura; Ednagela dos Santos Barroso, diretora do Departamento de Promoção da Diversidade Cultural; Paulo Cesar Brasil do Amaral, presidente do Ibram (Instituto Brasileiro de Museus); Reynaldo Campanatti Pereira, secretário da Economia Criativa; Rodrigo Maximiano Junqueira, secretário de Difusão e Infraestrutura Cultural; Camilo Calandreli, secretário de Fomento e Incentivo à Cultura; Marcos de Almeida Villaça Azevedo, secretário de Direitos Autorais e Propriedade Intelectual; e Dante Henrique Mantovani, presidente da Funarte (Fundação Nacional de Artes)
No total, foram publicadas dez exonerações e Regina deve anunciar sua equipe ainda nesta quarta. Entre as exonerações oficializadas também está a de Dante Mantovani, da Funarte, a Fundação Nacional de Artes, que é aluno de Olavo de Carvalho e membro da Cúpula Conservadora das Américas.
Um ponto de divergência é a nomeação de Sérgio Camargo à frente da Fundação Cultural Palmares, que chegou a ter sua nomeação barrada na Justiça, mas revertida após recurso do governo. O caso foi levado à Justiça após Camargo ter feito declarações negando que haja racismo. Camargo publicou uma foto com Bolsonaro nas redes sociais nesta terça (3) junto de mensagem de que contava com o apoio do presidente e do titular do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, para ficar no cargo.
Folha
Nomeada nesta quarta-feira (dia 4) secretária especial da Cultura, a atriz Regina Duarte fez uma série de exonerações na pasta, publicadas no Diário Oficial da União. Após encerrar um contrato de 50 anos com a TV Globo, a atriz chega ao governo de Jair Bolsonaro com o objetivo de pacificar a área de cultura, marcada por crises desde o início da gestão.
À frente da pasta, Regina terá um salário mensal de R$ 17.327,65. Ela já enfrenta resistência da ala ideológica do governo, em especial de seguidores do escritor Olavo de Carvalho, pelas exonerações feitas nesta quarta.
PACIFICAÇÃO – No discurso de posse, Regina Duarte anunciou que seu objetivo é a harmonizar a relação do governo com o setor cultural. “Meu propósito aqui é pacificação e diálogo permanente com o setor cultural, com estados e municípios, com o parlamento e com os órgãos de controle”, afirmou a nova secretária.
A nova secretária disse ainda que sua gestão à frente da pasta tratará a cultura como geradora de emprego, renda, educação e inclusão social. “Uma cultura forte consolida a identidade de uma nação. A cultura é um ativo que gera emprego, renda, inclusão social, impostos, acessibilidade e educação. E é nisso que acreditamos”, completou.
De acordo com o Ministério do Turismo, pasta à qual a secretaria está vinculada, Regina Duarte vai comandar um orçamento de R$ 2 bilhões em 2020.
REAÇÃO NAS REDES SOCIAIS – A demissão de nomes ligados à ala olavista levou à reação de apoiadores de Bolsonaro nas redes sociais e a hashtag #ForaRegina está entre os assuntos mais comentados no Twitter.
O próprio Olavo de Carvalho usou as redes para criticar a nova secretária. Ele se queixou sobre a possibilidade de a atriz excluir de seu quadro de servidores seguidores do escritor, guru ideológico do bolsonarismo.
“Se a Regina Duarte quer mesmo se livrar de indicados do Olavo de Carvalho, a pessoa principal que ela teria de botar para fora do ministério seria ela mesma”, escreveu, antes das exonerações serem confirmadas.
Regina é a terceira secretária a comandar a pasta, marcada por uma série de controvérsias desde o início da gestão Bolsonaro. Publicamente, ela vem dizendo que tem como missão pacificar a secretaria e fazer com que a cultura esteja acima de ideologias.
VEJA QUEM JÁ SAIU – Confira a lista dos exonerados e seus respectivos cargos: Ricardo Freire Vasconcelos, diretor do Departamento do Sistema Nacional de Cultura; Ednagela dos Santos Barroso, diretora do Departamento de Promoção da Diversidade Cultural; Paulo Cesar Brasil do Amaral, presidente do Ibram (Instituto Brasileiro de Museus); Reynaldo Campanatti Pereira, secretário da Economia Criativa; Rodrigo Maximiano Junqueira, secretário de Difusão e Infraestrutura Cultural; Camilo Calandreli, secretário de Fomento e Incentivo à Cultura; Marcos de Almeida Villaça Azevedo, secretário de Direitos Autorais e Propriedade Intelectual; e Dante Henrique Mantovani, presidente da Funarte (Fundação Nacional de Artes)
No total, foram publicadas dez exonerações e Regina deve anunciar sua equipe ainda nesta quarta. Entre as exonerações oficializadas também está a de Dante Mantovani, da Funarte, a Fundação Nacional de Artes, que é aluno de Olavo de Carvalho e membro da Cúpula Conservadora das Américas.
Um ponto de divergência é a nomeação de Sérgio Camargo à frente da Fundação Cultural Palmares, que chegou a ter sua nomeação barrada na Justiça, mas revertida após recurso do governo. O caso foi levado à Justiça após Camargo ter feito declarações negando que haja racismo. Camargo publicou uma foto com Bolsonaro nas redes sociais nesta terça (3) junto de mensagem de que contava com o apoio do presidente e do titular do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, para ficar no cargo.
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