Os outros, sustentados pelos mortais, como o presidente da Câmara, podem ficar propondo medidas extremistas. J. R. Guzzo:
Uma das grandes curiosidades do clima de nervosismo extremo em relação ao coronavírus presente no Brasil
de hoje é a quantidade mínima de pessoas responsáveis, no governo ou
fora dele, capaz de propor alguma alternativa viável para o brasileiro
comum que precisa trabalhar todos os dias – ou trabalha, ou não ganha, e
se não ganha, não come.
Há, nas classes superiores, uma multidão de gente (autoridades ou
não) que todos os dias ameaçam a população com o contágio, a doença e a
morte; disso, realmente, não temos falta. Seria bom que houvesse, ao
mesmo tempo, alguém pensando em quem não pode, pura e simplesmente não
pode, ficar trancado em casa esperando que o vírus volte para a China,
ou suma daqui.
As exigências mais extremistas vêm, é claro, de quem não precisa trabalhar para viver – presidente da Câmara dos Deputados, governadores, políticos, altas autoridades, classes cultas, etc, etc.
Alguém sustenta a todos eles, sempre, e assim estão livres para
clamar por mais e mais repressão sanitária. Uma coisa, aí, já ficou
clara: peça a proibição de tudo, porque isso está parecendo, no momento,
a conversa que dá mais cartaz.
E os brasileiros que não podem se refugiar nas suas fazendas e condomínios enquanto a epidemia está por aí? Esses que se danem. Sempre se pensou assim, antes do vírus. Não há razão para mudar depois dele.
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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