A empresa varejista brasileira Polishop foi a primeira empresa a
suspender sua programação com a proibição municipal, o evento
corporativo reuniria colaboradores e parceiros da empresa
Foto: Bruno Concha/Secom PMS
Por: Lício Ferreira
A empresa varejista brasileira Polishop - que estava programando agora, em março, um evento para reunir, durante dois dias, quatro mil pessoas de todo o Brasil, no Centro de Convenções de Salvador (CCS) - foi a primeira empresa a suspender sua programação com a proibição municipal, em razão da pandemia do Coronavírus. O evento corporativo reuniria colaboradores e parceiros da empresa, que tem um faturamento anual estimado em mais de R$1 bilhão.
Conhecida pelos seus produtos inovadores e diferentes, anunciados na TV em comerciais e infocomerciais, a Polishop teve que cancelar o evento e agora não sabe quando poderá realizá-lo. Também estavam anunciados na grade de programação da GL Events – administradora do CCS -, o Afropunk, a Bienal do Livro da Bahia, a Superbahia - Feira de Supermercados e a Yes Show Room - Feira de Móveis, que acontecerá pela 1ª vez na capital baiana.
HOSPITAL DE CAMPANHA
Localizado na orla da Boca do Rio e inaugurado oficialmente com uma solenidade realizada para convidados no dia 26 de janeiro, o CCS pode ser transformado – a qualquer momento - em hospital para atender a demanda do Coronavírus, conforme revelou o prefeito de Salvador ACM Neto, nesta última quarta-feira 18. “Desde que assinei o decreto que limitava a realização de eventos para 500 pessoas, os gestores do Centro de Convenções de Salvador disponibilizaram o equipamento para se a Prefeitura precisar montar um hospital provisoriamente de campanha caso fosse necessário”, lembrou Neto durante anúncio do decreto de situação de emergência em Salvador em função do coronavírus.
Através da sua Assessoria de Comunicação, a GL Events informou: “Em obediência ao Decreto Municipal Nº 32.248 publicado em 14 de março e para preservar o bem-estar de nossos usuários, o Centro de Convenções Salvador (CCS) vem a público informar que manterá suas instalações fechadas pelo prazo de 90 dias. A medida se dá diante da confirmação dos primeiros casos de Covid-19 na capital da Bahia. Os participantes de eventos que estavam programados para esse período devem contatar os respectivos organizadores para obter outras informações”.
EXPECTATIVAS DO TRADE
Construído pela Prefeitura de Salvador, o equipamento tem a expectativa de receber, em até três anos, cerca de 100 eventos por ano, com público em torno de 500 mil pessoas e que as grandes feiras e congressos possam gerar entre mil e dois mil empregos temporários na cidade. Além disso, a Prefeitura e o trade turístico calculam que o novo Centro de Convenções de Salvador vai gerar uma movimentação econômica de até R$500 milhões por ano nos 50 setores ligados ao turismo, desde hotelaria, bares e restaurantes até locadoras, transporte de passageiros e comércio informal.
No CCS, a Prefeitura investiu R$130 milhões. As obras tiveram início em setembro de 2018 e foram concluídas em janeiro deste ano. Durante as obras, a cargo das construtoras Andrade Mendonça e Axxo, foram gerados cerca de três mil empregos, entre diretos e indiretos. A GL Events, por sua vez, vai investir R$50 milhões nos 25 anos de concessão, R$25 milhões a mais do que o estabelecido em contrato com a Prefeitura, montante que vai para instalações, equipamentos e mobiliário.
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