(Arquivo do Google)
Os jornais de segunda-feira destacaram um projeto do governo, através de emenda constitucional que permite a redução da jornada de trabalho no funcionalismo federal com a diminuição na mesma proporção de seus vencimentos. As lideranças no Congresso estudam uma forma de a matéria deixar implícito aos governadores fazerem o mesmo nos seus estados. No plano federal trata-se da chamada PEC Emergencial cuja estrutura está sendo elaborada pelo ministério da Economia.
A aprovação de tal emenda constitucional não será fácil, sobretudo porque as eleições municipais de outubro se aproximam e não convém aos candidatos dos partidos que apoiam o governo tomarem tal iniciativa, que traz um risco de desgaste político.
REDUÇÃO SALARIAL – Além disso, reduzir salários proporcionalmente à jornada dos funcionários traduz sem dúvida uma redução de vencimentos. Portanto, terá efeito no consumo com a menor disponibilidade dos que forem atingidos.
Não é só. Acarretará também uma perda na arrecadação do Imposto de Renda e do INSS, uma vez que os tributos incidem sobre o valor da folha de pagamento. Possivelmente o governo Bolsonaro recuará dessa iniciativa, que é impopular, sobretudo no momento em que surgiram as crises do coronavírus e do petróleo.
No mundo inteiro o coronavírus colocou as administrações públicas e privadas na defensiva.
VATICANO DÁ EXEMPLO – Não se trata de uma pequena crise, mas sim de uma crise bastante profunda na medida em que está em jogo a vida de seres humanos. O Vaticano, por exemplo, suspendeu as visitações à Capela Sistina, e até o Papa, como ocorreu domingo, proferiu sua missa dominical através da internet e de canais de televisão. A Espanha determinou que as partidas de futebol se realizem sem público nos estádios. A Itália suspendeu todas as atividades que não sejam as fundamentais e indispensáveis.
Como se constata a crise não é pequena, mas sim de grandes dimensões.
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