O juiz federal Sérgio
Moro homologou a delação premiada de Rogério Cunha de Oliveira,
ex-executivo da Mendes Júnior condenado a 25 anos, 8 meses e 20 dias na
Operação Lava Jato. Segundo os termos do acordo, ele ficará um ano seis
meses em regime fechado. Cunha iniciou em agosto o cumprimento da pena
em regime fechado, que chegou a ser reduzida pelo Tribunal Regional
Federal da 4ª Região ao reconhecer atenuantes pelo fato de ter
confessado crimes.
A multa do acordo foi inicialmente
prevista em R$ 3,2 milhões, mas foi aumentada para R$ 4,3 milhões em
meio às negociações após o ex-executivo reconhecer voluntariamente que
havia omitido pagamento de R$ 700 mil a um conhecido operador
financeiro.
O
juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações da Operação Lava Jato,
condenou a 19 anos e 4 meses de prisão o executivo Sérgio Cunha Mendes,
ex-vice-presidente da empreiteira Mendes Junior, por corrupção, lavagem
de dinheiro e associação criminosa. Outros dois dirigentes da cúpula da
empreiteira também foram condenados.
O acordo prevê que, após um ano e seis
meses em regime fechado, Cunha fique dois anos e meio em domiciliar, com
tornozeleira, passe quatro anos em semiaberto e cinco anos em aberto.
No dia 3 de novembro de 2015, o juiz
federal Sérgio Moro condenou o ex-executivo a 17 anos e quatro meses de
prisão. o processo envolvia o pagamento de R$ 31,4 milhões à diretoria
de Abastecimento da Petrobras. De acordo com a sentença, apenas um dos
crimes de corrupção envolveu pagamento de R$ 9 milhões.
Em agosto de 2017, a pena de Cunha
passou para 26 anos, 6 meses e 20 dias de reclusão, em julgamento do
Tribunal Regional Federal da 4ª Região. A Corte, em outubro, acabou
diminuindo para 25 anos e 8 meses por reconhecer que ele confessou
crimes.
Sem sucesso, executivos da Mendes Júnior
têm negociado delação premiada. A defesa da empreiteira tem afirmado
que está disponível para colaborar com as autoridades e aguarda ser
chamada pela Justiça.

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