O pau-mandado de Lula também deve achar que o eleitorado brasileiro é um bando de otários, escreve Augusto Nunes:
Na primeira visita a Curitiba depois da surra que levou nas urnas do
primeiro turno, Fernando Haddad ouviu a ordem do presidiário mais
conhecido do país: ele deveria deixar de ser Lula para transformar-se no
avesso do chefão. E então começou outra metamorfose delirante.
Ateu de carteirinha, Haddad lembrou que era neto do que chama de
“líder religioso”, converteu a vice comunista em católica praticante,
descobriu que Deus existe e foi comungar em homenagem a Nossa Senhora
Aparecida. Stalinista desde a juventude, converteu-se em democrata.
Apaixonado desde sempre pela cor vermelha, resolveu que havia mais
beleza no verde e no amarelo. Neste fim de semana, o devoto de Lula, sem
ficar ruborizado, ajoelhou-se no altar de Fernando Henrique Cardoso.
Depois de 16 anos endossando a ladainha da “herança maldita”, o
candidato ao naufrágio passou a incensar o legado bendito de FHC e
mendigar o apoio do ex-presidente que sempre foi o Grande Satã da seita
da missa negra. Esse tipo de metamorfose sempre acaba mal.
No esforço para mostrar que não é parecido com Lula, Fernando Haddad
ficou com cara de vigarista. Como o restante da companheirada, deve
achar que o eleitorado brasileiro é um ajuntamento de otários. Os
resultados do segundo turno mostrarão quem foi o grande idiota da
sucessão presidencial de 2018.
BLOG ORLANDO TAMBOSI

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