MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 26 de junho de 2018

No Brasil, 85% do eleitorado condenam as “fake news” nas redes sociais


Resultado de imagem para fake news charges
Charge do João Bosco (Arquivo Google)
Pedro do Coutto
O problema das notícias falsas nas redes sociais da internet foi objeto de duas pesquisas internacionais, a primeira da Universidade norte-americana de Columbia, a segunda do Instituto Reuters, da agência de notícias do mesmo nome. As pesquisas se basearam em 75 mil entrevistas em diversos países, e a condenação mais forte foi do Brasil, sobretudo porque os eleitores e eleitoras temem as fake news por ocasião das eleições de outubro.
Reportagem de Paula Cesarino Costa, edição de ontem da Folha de São Paulo, destaca o tema. A Universidade de Columbia concluiu que os próprios leitores têm de avaliar a diferença entre o que é falso e o que é matéria jornalística de fato. Kyle Pope, editor da revista daquela Universidade, informou que a agência internacional TBWA está projetando uma campanha para combater o fenômeno.
EM 37 PAÍSES – As pesquisas focalizaram a reação popular em 37 países, e concluiu que 54% estão muito preocupados com a circulação das fake news.
Para a jornalista Paula Cesarino, os resultados reforçam a credibilidade tanto dos jornais quanto das redes sociais, uma vez que essa credibilidade é a única forma possível de se enfrentar as distorções que frequentemente surgem na rede eletrônica. Enquanto a média mundial de rejeição foi de 54%, no Brasil ela se tornou muito maior em função das eleições de outubro. Reação natural porque diversos candidatos veiculam diariamente, nas 24 horas do dia mensagens a favor de uns nomes e contra outros, ao sabor da maior capacidade de injetar as informações que desejam nas telas velozes do mercado de informação e opinião. O Brasil possui uma realidade impressionante. Nosso país tem 145 milhões de eleitores e 130 milhões de usuários somente no Facebook.
DIZ FUX – A injeção de notícias falsas foi objeto de pronunciamento recente do ministro Luis Fux, presidente do Tribunal Superior Eleitoral. Ele admitiu a hipótese de as eleições poderem vir a ser anuladas se a falsidade de mensagens contribuir para modificar os resultados finais. A hipótese é pouco provável, sobretudo porque tem de se admitir a perspectiva de algum candidato derrotado produzir fake news apenas com intenção de anular o pleito.
A proposta de anular o leito tem precedente no Brasil de hoje. Após as eleições de 2014, o candidato tucano Aécio Neves ingressou com recurso junto ao TSE para anular o resultado das urnas. O então presidente do PSDB não se baseou em fake news, mas sim no abuso do peso da administração que ajudou Dilma Rousseff a vencer. O recurso foi julgado no final de 2015 e indeferido pelo Tribunal por 3 votos a 2.
A partir de setembro assumirá a presidência do Tribunal Superior Eleitoral a ministra Rosa Weber. A tarefa de apreciar a prática de ilegalidades, como é o caso das fake news, encontrar-se-á em suas mãos.
NO WHATSAPP – Tanto a Universidade de Columbia quanto o Instituto Reuters frisaram que é preciso ter cuidado também com Wathsapp, que no Brasil já atinge 50 milhões de usuários.
Na verdade, acho eu, é impossível estabelecer-se qualquer obstáculo na inserção de textos verdadeiros ou falsos. Impossível porque basta alguém possuir um computador e ele terá ingresso no universo geral da transmissão livre de textos, que destacam informações e opiniões. A única forma de rejeição possível está na capacidade de cada um perceber a qualidade das matérias expostas.
A explicação de tal processo depende da percepção de cada um. Pode-se não saber explicar uma situação. Mas pode se distinguir o que é verdadeiro e o que não é. E assim, com o universo de informação ampliado incrivelmente, passamos do século XX ao século XXI.
Posted in

Nenhum comentário:

Postar um comentário