O jovem baiano
Rodrigo Santos Motta, de 18 anos, que chegou a abandonar a escola no
município de Ipiaú, no sudoeste da Bahia, por sofrer bullying devido ao
fato de ser muito alto, retornou às aulas, recebeu doações de roupas e
calçados ideais para o seu tamanho e até ganhou uma casa. Em uma foto ao
lado da avó, dá para perceber como o garoto é alto. A idosa tem,
praticamente, o mesmo comprimento das pernas do neto.
Em setembro de
2016, quando a história de vida de Rodrigo foi contada pelo G1, ele
estava com 2,18 metros de altura. Hoje, já passa dos 2,20 metros. Os
familiares do jovem dizem que ele passa regularmente por exames, mas que
ainda não teve um diagnóstico preciso dos médicos sobre a doença que o
faz crescer de forma anormal desde os 12 anos de idade.
A prima de
Rodrigo, Thaís Cerqueira, diz que uma médica que acompanha o jovem
suspeita que ele tenha acromegalia, doença causada pelo excesso de
produção do hormônio de crescimento. No entanto, segundo Thais, ainda
não há comprovação.
"Ele faz faz
exames regulares e chega a viajar para Salvador de três a quatro vezes
no mês. A médica disse que pode ser acromegalia, mas não é certo isso
ainda. Ele precisa de mais exames para diagnosticar o problema. Também
já falaram de um suposto tumor, mas esse tumor ainda não foi
encontrado", afirma Thaís.
A prima conta
que o rapaz realiza alguns exames laboratoriais na cidade de Ipiaú, mas
que outros mais complexos só são feitos na capital. O jovem é atendido
gratuitamente por médicos do Hospital das Clínicas e também do Centro de
Diabetes e Endocrinologia da Bahia (Cedeba). Mas precisa arcar com o
valor de exames que, segundo a família, não são disponibilizados pelo
SUS. Para arcar com os custos dos exames, os familiares de Rodrigo fazem
campanha para arrecadar dinheiro.
"A prefeitura
arca apenas com o transporte. Alguns exames a gente não acha pelo SUS
[Sistema Único de Saúde]. Então, a gente que tem que pagar. Ele, agora,
está precisando fazer um que custa R$ 330, mas a gente ainda não
conseguiu arrecadar. Geralmente, pedimos aos vizinhos e fazemos campanha
pelo WhatsApp, divulgando a foto dele. Esperamos reunir esse dinheiro o
mais rápido possível", afirma a prima.
Thaís também
diz que, segundo os médicos, Rodrigo pode crescer ainda mais. "Ele tem
tendência de crescer e, se não for diagnisticado logo o que ele tem e
não começar logo um tratamento, vai ficar maior", disse.
Doações
Rodrigo vivia
com os pais e dois irmãos na zona rural do município de Ibirapitanga, no
sul do estado, mas teve de ir para Ipiaú morar com a avó por causa do
tratamento. Quando falou ao G1 em setembro de 2016, relatou dificuldades
para encontrar sapatos, já que calça 56, e roupas adequadas. Também
reclamava que não tinha uma cama ideal para o seu tamanho.
Depois da
reportagem, no entanto, a prima conta que várias pessoas fizeram doações
ao rapaz de roupas e até uma casa. Além disso, com a cama nova que
ganhou, deixou de dormir no chão da cozinha, único lugar onde ficava
mais confortável, segundo contou Thaís
"Ele ganhou
muita coisa: sapatos, chinelos e a cama, que é bem grande. Além disso,
um grupo de empresários que viu a matéria na internet, procurou a nossa
família e deu a casa para ele. Ele hoje não mora mais com a avó. Mora
com a mãe e um dos irmãos, de seis anos", afirmou a prima. G1
VERDINHO DE ITABUNA
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