O fato mais engraçado da farsa
política brasileira nos últimos tempos é ver que Ronaldo Caiado, ao
chamar Lindbergh Farias de cheirador de cocaína, provocou revolta na
esquerda do país.
Está certo o senador Caiado e quem quer
que esteja no meio político ao apontar o dedo a quem exerce função
pública e consome cocaína. Embora nossa Lei seja pífia no trato dos
consumidores de drogas, é óbvio que só se pode consumir tal droga sendo
um infrator, visto que ela é proibida. Além disso, o drogado remunera
um traficante, que supre a cadeia produtiva que gera milhares de mortos
e toda sorte de crimes.
Para um esquerdista brasileiro se
ofender ao ser chamado de cheirador de cocaína ele primeiro deve
responder se acha errado consumi-la. Se acha errado e a consome, é um
esquizofrênico ou sem personalidade, que se rende ao meio contra sua
própria vontade, precisando então de ajuda que só pode acontecer quando
admitir que é um doente. Se não acha errado o consumo de cocaína, por
que então se ofende? Pior ainda, se não acha errado o consumo de cocaína
e ainda defende a legalização, qual a ofensa?
Para Lindbergh se ofender ao ser chamado
de cheirador de cocaína, ele deve deixar claro que não a consome, que é
contra a legalização da droga e acha errado o consumo. A outra hipótese
dele se ofender de forma sincera é a de que consuma a droga, reconheça o
problema do consumo mas esteja num estado de dependência tão alto que
não consegue largá-lo. Neste caso, Ronaldo Caiado deve pedir desculpas
como político e oferecer ajuda como médico.
Nenhum comentário:
Postar um comentário