Por Tamirys Machado
Ao ser questionado pela advogada Janaína Paschoal, uma das autoras da
peça que levou ao processo de impeachment, se o procurador Ivan Marx foi
parcial ao avaliar a gestão fiscal do governo Dilma, o economista Luiz
Gonzaga Belluzzo [ informante no processo] disse que “não acho que o
parecer do procurador tenha esse tom [parcial], mas não concorda com
ele”.
Ivan Marx teria dito que “tudo isso foi feito para maquiar as contas
públicas”, segundo Paschoal. O economista explicou ainda que a
presidente afastada fez um "contingenciamento adicional" de gastos, o
que, para ele, foi um erro de avaliação. Ela cometeu esse erro não por
ser irresponsável, mas para tentar uma restrição fiscal mais aguda”.
Professor Belluzzo pontuou em sua fala que “a interrupção de um mandato
deveria exigir cuidados muitos especiais, muita cautela, isso poderia
ser feito em caso de extremos e não acho que estamos diante de um”.
Sobre a o aporte ao BNDS, ele disse que o aporte a partir de 2008 foi
muito importante para manter a taxa de crescimento da economia. O
economista colocou também que o governo se atrasou para pagar os
subsídios, mas pagou. Belluzo reafirmou que analisa do ponto de vista
dos efeitos econômicos, e não do ponto de vista político.
Ele responde às perguntas na fase de oitivas do julgamento da
presidente afastada Dilma Rousseff, que continua nesta sexta-feira (26)
no senado federal.
Foram chamadas pela defesa de Dilma as seguintes pessoas:
- Luiz Gonzaga Belluzzo, economista (ouvido como informante);
- Geraldo Prado, professor de direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ);
- Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda;
- Esther Dweck, ex-secretária de Orçamento Federal do governo (DISPENSADA);
- Luiz Cláudio Costa, ex-secretário-executivo do Ministério da Educação;
- Ricardo Lodi Ribeiro, professor de direito da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). (será ouvido como informante).
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