A importância do atendimento humanizado
Considerando
esse cenário, em que a condição de saúde mental afeta não apenas o
bem-estar emocional, mas também o físico e social dos idosos, a
humanização no atendimento desempenha um papel fundamental na melhoria
da qualidade de vida e no tratamento eficaz dessa população vulnerável.
“A
transição de uma vida com autonomia para uma vida que depende do
cuidado e assistência do outro, naturalmente já traz um desgaste
emocional para o idoso. Muitos deles, infelizmente, não têm o cuidado
devido. É comum recebermos idosos em condições de vulnerabilidade,
carentes de cuidado e atenção, por isso nosso trabalho e dedicação ao
paciente se faz tão necessário. Quando chega um profissional e oferece a
possibilidade de ouvi-lo e dedicar-lhe um cuidado, nós percebemos
imediatamente uma mudança de comportamento”, afirma Hellen Santana, enfermeira do Pronto-Socorro do Hospital Estadual de Formosa (HEF), unidade gerida pelo Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (IMED).
A
humanização no atendimento permite a construção de vínculos emocionais
positivos, o que pode aumentar a adesão ao tratamento e melhorar os
resultados. Segundo Jussara Vieira, enfermeira do Pronto-Socorro do HEF,
o principal trabalho, muitas vezes, é acolher o paciente idoso e
estabelecer uma conexão com ele.
“Na
maioria das vezes, é exatamente isso que ele precisa. Escutar, dar
atenção, chamar pelo nome, são coisas simples, mas que fazem diferença
para o paciente. Já houve casos em que recebemos pacientes com relato de
que não estavam se alimentando e após o atendimento e acolhimento,
acabavam cedendo e aceitavam se alimentar. O nosso desafio é esse:
manter um olhar humanizado do paciente, enxergando mais do que uma
comorbidade, mas vendo a pessoa como um todo”, ressalta a enfermeira.
Lidar
com idosos sensibilizados emocionalmente ou que sofrem de depressão
envolve uma preparação da equipe, o que inclui estar pronto para acolher
de maneira humanizada, a sensibilização para o estigma, o
desenvolvimento de habilidades de comunicação empática e a compreensão
das particularidades do envelhecimento.
“A
equipe do Pronto-Socorro está muito bem orientada e capacitada para
fazer esse primeiro acolhimento e identificar essa fragilidade nos
idosos. Na sequência, ele é direcionado para o cuidado psicossocial,
onde poderá receber o tratamento especializado e a devida assistência.
Trabalhamos assim, como uma só equipe, pois nosso objetivo é o bem-estar
do paciente”, explica Mayara Rocha, enfermeira coordenadora do Pronto-Socorro.
Em
um mundo onde o adoecimento mental em idosos é uma realidade crescente e
preocupante, fica ainda mais evidente a importância da conscientização
deste problema. Nesse contexto, as equipes de saúde desempenham um papel
vital ao adotar abordagens humanizadas para acolher e auxiliar os
idosos.
Ao
combinar conhecimento técnico com empatia, respeito e compreensão das
necessidades individuais, essas equipes não apenas tratam as condições
de saúde mental, mas também proporcionam conforto e esperança,
permitindo que os idosos enfrentem seus desafios com dignidade e
qualidade de vida. A abordagem humanizada, como a praticada no HEF, é um
farol de esperança para aqueles que enfrentam o adoecimento mental,
iluminando o caminho para uma sociedade mais compreensiva e solidária.
Assessoria de Comunicação do HEF
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