Um
dos principais diretores de arte do país, Cláudio Amaral Peixoto está
por trás de obras de sucesso como “Meu nome não é Johnny”, “Cazuza”,
“Lisbela e o Prisioneiro” e “O Palhaço”. Sua trajetória, marcada pela
versatilidade na criação, é o tema do novo episódio da série inédita
“Diretores de Arte”, que vem sendo exibida no Curta!. Dirigida
por Flávio Tambellini, a produção é da Tambellini Filmes.
Em
entrevista, Cláudio relembra o começo de sua jornada e atuação, por
três anos, como carnavalesco na escola de samba Mocidade Independente de
Padre Miguel, antes de ingressar na televisão: estreou na TV Pirata. Na
carreira, contam-se mais de 70 longas-metragens, dezenas de trabalhos
publicitários e séries. Embora não tenha concluído a graduação em
Arquitetura, destaca a importância do conhecimento na área para o seu
trabalho.
Ele
explica que a paleta de cores tem papel fundamental no que faz e
destaca a importância dessa escolha em relação ao roteiro e ao momento
dramático. Conta que evita excluir cores, preferindo explorar sua
luminosidade, e que valoriza locações “reais” que possuem “história e
alma”, pois elas trazem enriquecimento à trama. O diretor acredita que
sua equipe, que o acompanha há muito tempo, tem a sintonia necessária
para entender seus gostos e preferências, possibilitando melhores
resultados.
Cláudio
descreve seu trabalho como uma combinação de planejamento e improviso,
com parte significativa da criação ocorrendo durante as filmagens. Ele
ressalta a importância da colaboração com os diretores de fotografia, já
que a iluminação e a câmera desempenham papel vital para o cenário. E
diz valorizar a estética que inclui pequenos toques de imperfeição e
estranheza, desde que sejam intencionais e sirvam à narrativa.
O
profissional enfatiza a necessidade de enriquecer seu repertório com
referências variadas, mesmo que não se aprofunde em cada uma delas. E
descreve a importância de mergulhar em diferentes universos, a fim de
compreender e representar essas realidades no cinema. “Eu cato
referência em tudo que é canto. Tenho meus livros. Às vezes a referência
vem quando você vai ao cinema e vê uma coisa que te interessa; você vai
na peça de teatro, você vê na rua, você vê uma cena. A gente tem que se
enriquecer de referência. Para mim, elas são fundamentais para formatar
o todo da coisa. (...) No final das contas, o diretor de arte tem que
saber de tudo um pouco, nunca profundamente para não ficar louco. Mas a
gente tem que saber de caminhoneiro, de bruxo, de cantor de rock”,
comenta, ressaltando ainda que, apesar de seu alto nível de crítica em
relação ao seu trabalho, com o tempo foi capaz de apreciar o resultado
final e encontrar satisfação.
“Diretores de Arte”
foi viabilizada pelo Curta! através do Fundo Setorial do Audiovisual
(FSA). A série em 10 episódios debate o lugar do profissional de direção
de arte no cinema. Após a homenagem a Cláudio Amaral Peixoto, os
próximos profissionais serão: Tulé Peake, Coca Oderigo, Marcos Flaksman,
Dina Salem Levy, Vera Hamburger, María Eugenia Sueiro e Tiago Marques
(in memoriam).
O episódio “Cláudio Amaral Peixoto” também pode ser assistido no CurtaOn – Clube de Documentários, disponível na Claro TV+ e em CurtaOn.com.br,
a partir da quinta-feira, dia 26. Novos assinantes inscritos pelo site
têm sete dias de degustação gratuita de todo o conteúdo. A estreia no Curta! é na Quarta de Cinema, 25 de outubro, às 20h.
Segunda da Música (MPB, Jazz, Soul, R&B) – 23/10
22h15 – “Belchior - Apenas um Coração Selvagem” (Documentário)
Belchior
foi um dos artistas mais singulares e misteriosos do cenário
brasileiro. Surgido nos anos 1970, duas características emergiam em sua
obra: as letras ferinas e um latente sentimento de desajuste aos padrões
da sociedade. Com diversas imagens de arquivo e depoimentos dados ao
longo de sua carreira, temos o próprio Belchior falando sobre sua
trajetória e refletindo sobre arte e aspectos mundanos, como o sucesso, a
fama e seus percalços. Direção: Camilo Cavalcanti e Natália Dias. Duração: 90 min. Classificação: Livre. Horários alternativos: 24
de outubro, terça-feira, às 02h15 e às 16h15; 25 de outubro,
quarta-feira, às 10h15; 28 de outubro, sábado, às 13h45; 29 de outubro,
às 20h20.
PROMO: https://youtu.be/1VzzhFjx9aU
FOTOS: https://drive.google.com/drive/folders/1reS8Gkk7eZreFc0lFoN4tXT00DKTSb8w?usp=sharing
Terça das Artes (Visuais, Cênicas, Arquitetura e Design) – 24/10
20h30 – “Designers do Brasil - 2ª Temporada” (Série) - Episódio: “Domingos Tótora” - INÉDITO
Em
Maria da Fé, cidadezinha na Serra da Mantiqueira, em Minas Gerais,
Domingos Tótora transforma caixas de papelão descartadas e a terra da
região em móveis e objetos com formas essenciais, que revelam uma
profunda conexão com a natureza. Direção: Helder Aragão (DJ Dolores). Duração: 26 min. Classificação: 10 anos. Horários alternativos:
25 de outubro, quarta-feira, às 00h30 e às 14h30; 26 de outubro,
quinta-feira, às 08h30; 28 de outubro, sábado, às 18h; 29 de outubro,
domingo, às 08h30.
PROMO: https://youtu.be/sPsHZfydY6Q
FOTOS: https://drive.google.com/drive/folders/1t1-RRDDlM3w-4sPz0DRxbYzyHfmnPR60?usp=sharing
22h30 – “A Revolução Cubista” (Documentário) - INÉDITO
Eles
eram quatro: Picasso, Braque, Apollinaire e Kahnweiler. Dois artistas,
um poeta e um negociante de arte. O Cubismo foi impulsionado por esses
quatro visionários, com uma identidade que o tornava reconhecível à
primeira vista. Entre 1907 e 1914, a velha forma de ver as coisas foi
derrubada, moldando a lenda do Cubismo, o primeiro movimento a
revolucionar a arte do século XX. Direção: Frédéric Ramade. Duração: 52 min. Classificação: Livre. Horários alternativos:
25 de outubro, quarta-feira, às 02h30 e às 16h30; 26 de outubro,
quinta-feira, às 10h30; 28 de outubro, sábado, às 16h30; 29 de outubro,
domingo, às 23h.
PROMO: https://youtu.be/jnv2xWyOSl0
FOTOS: https://drive.google.com/drive/folders/1dkW2pU_WDOQHi46xvjLq0Za-ye5L5zEd?usp=sharing
23h30 – “Companhias do Teatro Brasileiro” (Série) - Episódio: “Grupo Macunaíma” - INÉDITO
Na
era dos grandes grupos, nasceu Macunaíma, uma companhia teatral com
foco na arte, na linguagem e na poesia. Com espetáculos de sucesso
nacional e mundial, o grupo apostava em figurinos e cenários que
encantavam o público. Formado por 20 atores e atrizes, o grupo Macunaíma
tinha um amplo trabalho de pesquisa artística, sob o forte comando do
diretor Antunes Filho. Direção: Roberto Bomtempo. Duração: 26 min. Classificação: 10 anos. Horários alternativos:
25 de novembro, quarta-feira, às 03h30 e às 17h30; 26 de novembro,
quinta-feira, às 11h30; 28 de novembro, sábado, às 18h30; 29 de
novembro, domingo, às 08h30.
PROMO: https://youtu.be/riviBVPCKXs?feature=shared
FOTOS: https://drive.google.com/drive/folders/1dG9gfcqZFA6meQLt-KwkKoQtrK8ShU28?usp=sharing
Quarta de Cinema (Filmes e Documentários de Metacinema) – 25/10
20h – “Diretores de Arte” (Série) - Episódio: “Cláudio Amaral Peixoto” - INÉDITO
A
série debate o lugar do profissional de direção de arte no cinema. Em
cada episódio é convidado um diretor de arte com grande importância para
a cinematografia nacional e também latinoamericana. Eles contam sobre
suas maiores influências e sua relação com o diretor, fotógrafo e
figurinista para criar a concepção visual do filme. Direção: Flávio Tambellini. Duração: 26 min. Classificação: 10 anos. Horários alternativos:
26 de outubro, quinta-feira, às 00h e às 14h; 27 de outubro,
sexta-feira, às 08h; 28 de outubro, sábado, às 19h30; 29 de outubro,
domingo, às 10h.
PROMO: https://youtu.be/SVzyJU2Vswk
FOTOS: https://drive.google.com/drive/folders/1QJubbIRuAMx_MreClmEybNufUkaHq7Hw?usp=sharing
Quinta do Pensamento (Literatura, Filosofia, Psicologia, Antropologia) – 26/10
22h30 – “Os Manuscritos Secretos da História” (Série) - Episódio: “Os Miseráveis, de Victor Hugo”
Antes
de chegar na Biblioteca Nacional Francesa, o manuscrito de “Os
Miseráveis”, de Victor Hugo, refletiu a vida conturbada de seu autor.
Dezessete anos se passaram entre o início e o fim da escrita desta
obra-prima que nasceu em circunstâncias escabrosas, entre Paris,
Guernsey e Waterloo. Direção: Anne-Sophie Martin. Duração: 26 min. Classificação: Livre. Horário alternativo: 27 de outubro, sexta-feira, às 02h30 16h30; 28 de outubro, sábado, às 20h; 29 de outubro, domingo, às 10h30.
PROMO: https://youtu.be/4_M5mvy9XqE
FOTOS: https://drive.google.com/drive/folders/1cmUjVH8avL724VPgEHu0PUDDBQz6h-lW?usp=sharing
Sexta da Sociedade (História Política, Sociologia e Meio Ambiente) – 27/10
23h – “Israel/Irã/EUA, A Longa Guerra” (Documentário) - Episódio: “Nas Origens do Confronto”
Na
época do Xá, Irã e Israel eram nações amigas. A revolução islâmica de
1979 muda os planos, de um lado, de Teerã, e do outro, de Washington e
Tel-Aviv. A ruptura acontece em 1982 quando os israelenses invadem o
Líbano, e entram em guerra com o Hezbollah: nova força xiita libanesa,
apoiada pelo Irã. Direção: Vincent De Cointet. Duração: 52 min. Classificação: 16 anos. Horários alternativos: 28 de outubro, sábado, às 03h e às 15h30; 29 de outubro, domingo, às 22h.
PROMO: https://youtu.be/dHXgiXj-7gE
FOTOS: https://drive.google.com/drive/folders/1LZeTUCFeU9viBUImHsQYXJHXmUYS1Hek?usp=sharing
Sábado, 28/10
23h – “Recife/Sevilha - João Cabral de Melo Neto” (Documentário)
João
Cabral de Melo Neto guarda em livros e versos a experiência do homem
apaixonado por duas cidades. Através de sua poesia, entra-se em Recife e
em Sevilha, que seriam lugares inconciliáveis por semelhanças e
diferenças se nelas o poeta não tivesse vivido. O Recife do menino de
engenho e do rapaz mundano e a Sevilha do homem feito andarilho por
força de sua carreira de diplomata. Direção: Bebeto Abranches. Duração: 52 min. Classificação: Livre. Horário alternativo: 29 de outubro, domingo, às 13h35.
PROMO: https://youtu.be/DlTy1MQCqVM
FOTOS: https://drive.google.com/drive/folders/10jk7SF-aBaRJzgbOIx0MnStyGKAwVmS7?usp=sharing
Domingo, 29/10
18h20 – “O Mês que Não Terminou” (Documentário)
Junho
de 2013: mês de grandes manifestações em todo o país com milhares de
pessoas nas ruas pedindo mudanças e melhorias na política, no transporte
público, na saúde e na educação. Feito em 2019, o documentário “O Mês
Que Não Terminou” aborda a efervescência daqueles dias que, para os
diretores Francisco Bosco e Raul Mourão, ainda ecoam na vida política
brasileira. O filme comenta os desdobramentos de dois movimentos
internacionais de 2011, o “Occupy Wall St”, em Nova York, e “Os
Indignados”, em Madrid, fazendo uma ligação entre essas ações e as
manifestações que ocorreram no Brasil durante junho de 2013. Segundo a
narrativa apresentada pelos diretores, essa agitação desembocou nos
protestos a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em
2014, foi motor de propulsão da Operação Lava Jato e da ascensão da
extrema direita no Brasil. Para ajudar na reflexão sobre o período,
ativistas, cientistas políticos, filósofos, psicanalistas e economistas
dão depoimentos que se costuram ao roteiro do ensaísta Francisco Bosco. A
narração é de Fernanda Torres. Direção: Francisco Bosco, Raul Mourão. Duração: 107 min. Classificação: 14 anos.
PROMO: https://youtu.be/uxpV_yDcq-g
FOTOS: https://drive.google.com/drive/folders/1PFLMOiU-5Usl3NFhYbhogrhwBAB7FW85?usp=sharing
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