O comunismo sempre foi bancado por herdeiros culpados e entediados e artistas alienados e "sonháticos". Rodrigo Constantino para a Gazeta:
E
os comunistas sempre souberam explorar isso. Mas uma coisa se repete
com regularidade lunática: os seduzidos são invariavelmente do "andar de
cima", são ricos, são "artistas". Em Esquerda Caviar expliquei melhor o
fenômeno. Lula era o queridinho dos "intelectuais" e da elite do setor
público. Deu no que deu.
Não
obstante, aprendemos com a história que poucos aprendem com a história.
E por isso que Guilherme Boulos, um Lula reeditado, está no segundo
turno para disputar o comando da capital mais importante do país. E com
chances concretas! Segundo as pesquisas, a diferença dele para o
primeiro colocado caiu para dez pontos percentuais apenas. Boulos teria
45% das intenções de votos válidos.
E
quem faz um esforço comovente para ajuda-lo? Ora, justamente a elite,
em especial aquela do jornalismo, onde o PSOL tem bem mais
representatividade do que no Congresso. Nossa imprensa é incapaz de
sequer chama-lo de radical, de extrema esquerda. Tentam pinta-lo como um
moderado esquerdista, o que é uma piada.
E eis de onde vem a sua grana de campanha, segundo reportagem da Folha de SP:
Até agora, a candidatura de Boulos registrou R$ 5,3 milhões arrecadados para a campanha. A maior parte, R$ 3,7 milhões, vem do fundo eleitoral —dinheiro público a que os partidos têm direito em ano de eleição— e representa 70% do total que a candidatura tem para gastar.Já no topo da arrecadação para a campanha de Boulos registrada em nome de pessoas físicas estão o cantor e compositor Caetano Veloso e a empresária Paula Lavigne, sua esposa, que doaram R$ 100 mil cada um ao candidato do PSOL.O dinheiro arrecadado com a live feita por eles está sendo dividido entre Boulos e Manuela D'Ávila (PC do B), que concorre à Prefeitura de Porto Alegre.“O que doamos [como pessoa física] foi o referente ao que eu e Caetano receberíamos pelo nosso trabalho na live”, diz Paula Lavigne. “A doação de quem comprou o ingresso para assistir a live é outra e aparecerá no nome de cada um que comprou como financiamento coletivo.”Em seguida, a terceira maior doação para a campanha do PSOL é de Marília Furtado de Andrade, herdeira de Gabriel Donato de Andrade, um dos fundadores da empreiteira Andrade Gutierrez. Ela doou R$ 80 mil.Marília é mãe de Petra Costa, a cineasta que concorreu ao Oscar de melhor documentário com “Democracia em Vertigem”, que trata do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Marília aparece no filme em imagens de acervo da cineasta. Procurada, Petra não retornou o contato da reportagem.
Qual
a surpresa? O comunismo sempre foi bancado por herdeiros culpados e
entediados e artistas alienados e "sonháticos". Nunca foi apoiado pelo
povo, que diz representar. É verdade que os tucanos mereciam uma boa
lição nas urnas, mas o custo é alto demais. O povo paulista é refém dos
tucanos, pois a alternativa, em vez de te trancar em casa, é invadir sua
casa!
Boulos
foi num programa de "entrevistas" nesta segunda e disse: "Tentar me
imputar de forma negativa, como foi feito, a pecha de radical ou
extremista só expressa o momento sombrio que a gente está vivendo no
país. Eu luto há 20 anos para que as pessoas tenham um teto; isso é
radicalismo?". A tática só cola com bobalhões mesmo. É o velho monopólio
das virtudes, deixando de lado o debate que realmente importa: aquele
sobre os meios. Ele "luta" por moradia num esquema corrupto com
violência e invasões. Ou seja, trata-se de um comuna ultrarradical. Mas
nossa mídia finge que não sabe de nada disso...
A
capital São Paulo poderá ter como prefeito um incendiário que promove
quebra-quebra em nome da revolução comunista, uma espécie de
sans-cullotte tupiniquim, um jacobino que incita ódio, um defensor de
ditaduras como a cubana e a venezuelana. E nossos "jornalistas" não
conseguem chamar esse sujeito de radical!
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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