Caros amigos
Não tenho nada pessoal contra o Presidente Jair Bolsonaro.
Entrei no jogo político porque quis. Tive o
apoio dele e de seus filhos Eduardo e Flávio, assim como da equipe de
campanha do Presidente em tudo que lhes foi possível.
Ao mesmo tempo, como não poderia ser
diferente, fiz campanha para ele aqui no DF e coloquei-me conivente com
as suas propostas para tirar o Brasil do rumo que tinha tomado sob a
custódia nefasta do PT e de seus aliados conhecidos e escondidos.
Não tenho, portanto, qualquer razão para
pensar que haja alguma “dívida eleitoral” entre eu e o Presidente. Ele
nada me deve, assim como eu nada lhe devo.
Por outro lado, como eleitor da PROPOSTA
DO GOVERNO, mantenho-me atento e ansioso por sua INTEGRAL implementação,
o que me tem levado a, coerentemente, criticar fatos e atitudes que, no
MEU julgamento, a põem em risco.
Faço-o porque tenho, de fato, o Brasil acima de tudo e porque, consequentemente, só presto contas à minha consciência.
Estive com Bolsonaro no Rio de Janeiro
pouco tempo antes do primeiro turno. Encontrei-o, convalescente da
facada, na residência em que ele fazia as “lives” e as gravações. Lá
encontrei também, além do sempre fiel Gustavo Bebianno, o Pastor
Malafaia, o Sen Magno Malta, o então candidato Julian Lemos e o hoje
Senador Flávio Bolsonaro.
Todos os candidatos que ali estavam,
inclusive eu, não lhe faziam visita para estimar-lhe melhoras, mas para
tirar uma “casquinha” do seu crescente cacife eleitoral.
Fiquei espantado com o aspecto do Presidente, cansado e justificadamente abatido.
Fiquei
envergonhado de mim mesmo por o estar explorando naquelas condições. Na
saída, comentei com Flávio Bolsonaro a minha impressão de que seu pai
precisava ser poupado de esforços prolongados como aquele.
FOI A ÚLTIMA VEZ QUE O ENCONTREI PESSOALMENTE.
Independente disso, sei que fui, em todos
os momentos, um aliado leal da sua conquista. Fiz o que julgava ser o
meu dever, visando o bem do Brasil.
Em momento algum, antes ou depois da sua
vitória, pensei ou tomei atitudes que pudessem ser interpretadas como
busca de reconhecimento pelo apoio que dei à proposta que ele
representava e por cuja implementação ele é, hoje, o maior responsável.
Continuo a apoiar incondicionalmente o seu
GOVERNO, sem, no entanto, perder meu senso crítico ou abrir mão do meu
direito ou da obrigação de criticar.
Tenho
a consciência tranquila de que faço o que deve ser feito e não dou nem a
menor importância aos impropérios postados nas redes sociais contra
mim.
Como diz o ditado árabe: “Os cães ladram e a caravana passa”!
Gen Paulo Chagas
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