Dentre os militares mais graduados , nas Três Fôrças,a
maioria da “ativa” foi promovida,com certeza,nos últimos 33 anos,ou seja, de 1985 até 2018,época do
predomínio político da esquerda,especialmente
após 1995,no período dos Governos de
Fernando Henrique Cardoso,Lula da Silva,Dilma Rousseff,e “também” de Michel Temer.
Cogitar que as promoções dos militares durante todo esse tempo tenham se dado à luz exclusivamente dos respectivos
regulamentos das Três Forças,considerando
somente o bom desempenho,nas funções militares,e desprezando todas as
outras questões alheias à caserna,como preferências políticas, partidárias ou
ideológicas,seria ,certamente, uma inverdade à toda prova. Seria considerar que o
profissional militar não teria direito de pensar e optar política , ou ideologicamente, nivelado a um “saco de batatas”.
A questão é saber o que teria predominado na promoção dos
militares para os cargos relativos às mais altas patentes, se os regulamentos,
ou os outros” requisitos”, “inconfessáveis”, inclusive as preferências
partidárias,políticas, ou ideológicas.
Numa rápida apreciação,parece que os “tipos” também poderiam ser classificados entre os que apoiam
a eventual intervenção para defesa da pátria e ameaça
aos poderes constitucionais,prevista no artigo 142 da Constituição, e os que a repelem.
Essas respectivas posições políticas ou ideológicas, nos
últimos anos, não mais parmaneceram
enclausuradas , na caserna. Foram
“liberadas”para a mídia , que as divulgou amplamente ,sem reservas, deixando de
ser “segredo da caserna”.
Mas o que realmente salta aos olhos de todo mundo é que a
imensa maioria dos oficiais superiores das Forças Armadas,e do próprio
generalato,”formados” na época do domínio dos governos de esquerda,que
certamente teve forte
influência nas suas promoções,mesmo que indiretamente, se mostram absolutamente contrários à deflagração da intervenção prevista no
citado artigo 142 da Constituição.
Portanto esses militares não estão dando ”a mínima” para o
boicote e sabotagem à governabilidade promovidos pelo Congresso e pelo Supremo
Tribunal Federal (a maioria
nomeada pelo PT). Parecem estar
até “apostando” que esse mau desempenho governamental,por causa do boicote
e da sabotagem que sofre,poderá ser “fatal”para a volta da esquerda ao poder
nas eleições de 2022.
Enquanto isso uma “minoria” dos generais tem deixado nas
“entrelinhas”,ou falado “bem baixinho”,
serem favoráveis à intervenção. São os que mais se aproximam da “filosofia”
militar que comandou o país , de 1964 a 1985,e cujo “saldo” positivo para a
sociedade brasileira supera qualquer outro período da história política do
país. Mas, como se disse, é uma
“minoria” !!!
Parece então não haver mais nenhuma dúvida que todos os generais e demais militares que rejeitam a intervenção
do artigo 142 da Constituição, não querem confusão agora ,e só apostam no
desgaste do governo para retorno da esquerda,seus “padrinhos”, ao poder, em
outubro de 2022.
A grande dúvida seria qual a exata posição, muitas vezes
contraditória, do Presidente Bolsonaro
,nessa questão “intervencionista”. De
que lado ele estaria ? Bolsonaro seria um “esquerdista disfarçado”, ou
desprovido de consciência dessa condição?
Na verdade , Bolsonaro foi eleito Presidente da República,em outubro de 2018,muito
mais por lembrar o Regime Militar,de 1964 a 1985, do que por
lembrar a “patifaria” da esquerda que estragou o Brasil desde 1985,mais acentuadamente, de
1995 a 2018. Será que Bolsonaro tem consciência disso?
Na verdade Bolsonaro não tem o direito de trair um povo que
depositou nele todas as suas esperanças de efetiva renovação política, mas que
lamentavelmente está se mostrando fraco frente ao boicote e sabotagem que estão
fazendo contra o seu governo. Bolsonaro deveria ouvir com mais atenção os
conselhos das cabeças mais lúcidas do meio militar.
Sérgio Alves de Oliveira
Advogado e Sociólogo
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