MEDIÇÃO DE TERRA

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quinta-feira, 19 de março de 2020

Conheça mais sobre novo coronavírus


Saiba o que é, como evitar e se tratar da pandemia que vem preocupando todo o mundo

Tribuna da Bahia, Salvador
19/03/2020 06:30 | Atualizado há 9 horas e 54 minutos
   
Foto: Divulgação

Por: Poliana Antunes

Apesar de ser o assunto mais comentado no momento em todo o mundo, as pessoas ainda têm muitas dúvidas sobre o novo coronavírus. De acordo com o Ministério da Saúde, a doença faz parte da família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente foi descoberto em dezembro de 2019, após casos registrados na China. Dessa forma começou a doença chamada de COVID-19.
Segundo o Ministério, os sinais e sintomas da doença são principalmente respiratórios, semelhantes a um resfriado. Podem, também, causar infecção do trato respiratório inferior, como as pneumonias. Os principais sintomas conhecidos até o momento são: febre, tosse e dificuldade para respirar. “No entanto, o coronavírus ainda precisa de mais estudos e investigações para caracterizar melhor os sinais e sintomas da doença”, declara o órgão.
Em relação à transmissão da doença, a pasta esclarece que é possível o contágio viral mesmo, após a resolução dos sintomas, mas a duração do período de transmissibilidade é desconhecida para o coronavírus. Durante o período de incubação, que leva para os primeiros sintomas, aparecerem desde a infecção pelo vírus, que pode ser de 2 a 14 dias.
Segundo a infectologista Adriana Sales, a transmissão do coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como: gotículas de saliva; espirro; tosse; catarro; contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão; contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
A especialista explica que, o COVID-19 apresenta uma transmissão menos intensa que o vírus da gripe. “O período médio de incubação por coronavírus é de cinco dias, com intervalos que chegam há 12 dias, período em que os primeiros sintomas levam para aparecer desde a infecção”.
Adriana Sales orienta alguns cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão: lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os cinco momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
“Devemos evitar também tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas. Evitar contato próximo com pessoas doentes. Ficar em casa quando estiver doente. Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo. Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência”, ressalta a médica.
Ela diz, ainda, que os profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção). “Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como incubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95”.
A infectologista fala que qualquer pessoa que tenha contato próximo (cerca de 1metro) com alguém com sintomas respiratórios está em risco de ser exposta à infecção. “Não existe tratamento específico para infecções causadas por coronavírus. No caso, é indicado repouso e consumo de bastante água, além de algumas medidas adotadas para aliviar os sintomas, conforme cada caso”.
Já o diagnóstico do coronavírus é feito com a coleta de materiais respiratórios (aspiração de vias aéreas ou indução de escarro). É necessária a coleta de duas amostras na suspeita do coronavírus. As duas amostras serão encaminhadas com urgência para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen).
“Para confirmar a doença é necessário realizar exames de biologia molecular que detecte o RNA viral. Os casos graves devem ser encaminhados a um Hospital de Referência para isolamento e tratamento. Os casos leves devem ser acompanhados pela Atenção Primária em Saúde (APS) e instituídas medidas de precaução domiciliar”, explicou à especialista.
Nos laboratórios de Salvador, o exame só é realizado em domicílio com solicitação médica e cobrada uma taxa de deslocamento do técnico para o procedimento. A reportagem da Tribuna da Bahia procurou alguns dos principais laboratórios da capital para saber como anda a procura dos baianos para os testes.
No laboratório CLAB, unidade localizada no Barbalho, foi informado que no momento não estão fazendo agendamento para os exames para o novo coronavírus. “Não temos os kits para a coleta dos exames. Os pedidos já foram feitos para os laboratórios fabricantes, porém ainda não temos previsão de receber novos equipamentos”, disse a atendente.
Os outros laboratórios procurados pela equipe da TB, da mesma forma, confirmaram a falta dos kits necessários para a elaboração dos exames. Dessa maneira, os especialistas recomendam que os pacientes que necessitarem fazer o teste, devem procurar os hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPA).
O grupo Sabin realiza exame para a detecção do coronavírus, mas para apenas pacientes sintomáticos ou que estão em unidade hospitalar. Para fazer o procedimento é preciso pedido médico. O teste é um processo de coleta simples , por meio de secreção nasal. A marcação pode ser feita pelo telefone (71)3261-1314. Os resultados ficam prontos em 24 horas se realizados no Distrito Federal, e em até três dias se forem coletados em outras regiões do país.

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