MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 17 de março de 2020

Altos preços de máscaras e álcool em gel preocupa população


Lojas de materiais hospitalares na Rua da Mouraria, no bairro de Nazaré, registraram preço abusivo em caixa de máscaras que saíram de R$ 7 para R$ 191. Órgão de defesa do consumidor apura

Tribuna da Bahia, Salvador
17/03/2020 06:30 | Atualizado há 14 horas e 35 minutos
   
Foto: Camila Lima/SVM

Por: Poliana Antunes

O sofrimento dos baianos por causa do novo coronavírus é uma realidade. O que as pessoas não esperavam, era ter que pagar muito mais caro pelos equipamentos de segurança na luta contra a doença. Contudo, nesta segunda-feira (16), a Diretoria de Defesa do Consumidor de Salvador (Codecon) moveu uma força-tarefa para fiscalizar, prevenir e coibir o aumento injustificado e abusivo de preços de máscaras hospitalares, álcool gel, luvas e outros itens de proteção individual e higiene pessoal em estabelecimentos comerciais de Salvador.
Segundo a diretora do órgão, Roberta Caires, a força-tarefa irá atender todas as denúncias. “A operação de fiscalização prosseguirá até que se confirme a estabilidade dos preços. A sanção para estabelecimentos que desrespeitam a vulnerabilidade do consumidor diante da crise mundial provocada pelo coronavírus pode chegar a R$ 9,5 milhões”, disse.
Na última sexta-feira (13), a Codecon notificou duas empresas na Rua da Mouraria, bairro de Nazaré, denunciadas por aumento abusivo no preço da caixa de máscaras hospitalares com 50 unidades, de R$ 7,90 para R$191, em oportunismo à crise do coronavírus. Aos fiscais da Codecon, os proprietários dos estabelecimentos justificaram que o aumento abusivo veio do fornecedor sem, no entanto, comprovação.
FALTA
Na sexta-feira (13), com a confirmação da doença em pacientes que estão em Salvador, à expectativa é que a busca seja ainda maior. Os produtos, no entanto, estão em falta em praticamente todas as farmácias do estado, embora os órgãos de saúde afirmem que não há razão para pânico e orientem que apenas usem máscaras, as pessoas com os sintomas.
A equipe de reportagem da Tribuna da Bahia fez um levantamento em algumas farmácias da cidade na manhã destedomingo (15). Durante a pesquisa, não foi encontrado nem máscara nem álcool em nenhum estabelecimento. “Estamos comprando em outros lugares para uso dos funcionários. Está muito difícil de encontrar. Aqui na farmácia, todo o estoque que chega de mercadoria, acaba em menos de uma hora”, disse o atendente Gilvan Nunes.
A estudante Mariana Carvalho, 33 anos, fala da preocupação com a falta dos principais acessórios de proteção da doença. “Estou grávida de três meses e tenho medo de pegar a doença. Evito ao máximo sair de casa, sei que precisamos fazer a nossa parte. Mas com a falta de máscaras e álcool eu fiquei bastante apreensiva”, relatou a estudante. 
Os preços também estão subindo. Nas farmácias das principais redes pesquisadas pelaTB, não havia estoque de máscaras descartáveis e nem de álcool em gel, os preços das caixas com 50 unidades variam entre R$ 15,00 e R$ 56,00. Já as mais reforçadas variam de R$ 8,00 a R$ 26,00 a unidade.
Ainda de acordo com pesquisa, houve o álcool que antes custavam R$ 7,00, agora estão vaiando de R$ 26,00 e R$ 45,00. Estamos mantendo os valores indicados pela matriz da rede. Já recebemos a mercadoria com a nota e os valores prontos. Talvez, devido as demandas, os fabricantes tenham custos maiores”, explicou o atendente da farmácia.
A máscara não é uma forma de prevenção para quem não está doente. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde da Bahia (Sesab), a máscara é indicada apenas para quem está com sintomas de síndromes gripais, para que evitem a contaminação de outras pessoas que estão por perto. “Os sintomas que demandam atenção e indicam como forma preventiva o uso da máscara são febres, tosse, dor de garganta, coriza, dor de cabeça, falta de ar, fraqueza e dor no corpo”, lembra o órgão.
A secretaria fala que os bons hábitos de higiene são apontados como a principal forma de prevenção contra o vírus, que é transmitido por gotículas das pessoas contaminadas, como na tosse ou no espirro. “Lavar as mãos com água e sabão e usar com frequência álcool em gel 70% estão entre as orientações para serem seguidas por todas as pessoas, todos os dias, de forma repetida”.

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