Democática a
escória petista jamais foi. Trata-se de um partido com o rabo preso nos
anos 80: não viu a queda do muro de Berlim nem o desmantelamento da
União Soviética. Aliás, os petistas sempre quiseram erguer aqui um muro
ideológico, dividindo o país entre "nós" e "eles". O Brasil ficaria bem
melhor se o PT - esse monstro obsoleto - fosse erradicado da cena
pública. Segue editorial do Estadão:
A
abertura da fase final do julgamento do impeachment da presidente Dilma
Rousseff deixou clara a estratégia que o lulopetismo adotou para tentar
sobreviver politicamente. Não se trata mais de defender a presidente
afastada das acusações que certamente lhe custarão o mandato, o que
implicará para o PT o fim melancólico de um ciclo de poder de mais de 13
anos que culminou com a destruição do País. Isso ficou claro na reunião
da Executiva que rejeitou por 14 votos a 2 a esdrúxula tese de Dilma de
convocação de um plebiscito e antecipação de eleições. Daqui para a
frente, como ficou demonstrado na sessão de ontem no Senado, o
lulopetismo vai partir abertamente para a contestação da legitimidade
dos poderes constituídos, renegando o sistema democrático que a duras
penas vem sendo construído pelos brasileiros há mais de 30 anos, com
base no argumento de que Dilma Rousseff é vítima – e, consequentemente,
também o Partido dos Trabalhadores – de uma violência cometida por
“eles”, os inimigos do povo.
“Este
Senado não tem moral para julgar a presidenta Dilma Rousseff”, provocou
aos berros a senadora petista Gleisi Hoffmann no plenário, causando um
tumulto que obrigou o ministro Ricardo Lewandowski a suspender a sessão
até que os ânimos serenassem. Foi o lance mais espetacular de um roteiro
preestabelecido pelos lulopetistas e cumprido à risca: a reapresentação
de cerca de uma dezena de questões de ordem indeferidas em fases
anteriores do julgamento, que não eram mais do que pretexto para
discursos contra o “golpe”, todas elas obviamente mais uma vez
indeferidas por Lewandowski.
O
comportamento dos lulopetistas demonstrou um deliberado desrespeito às
normas do julgamento do impeachment definidas pelas lideranças
partidárias de comum acordo com o ministro Lewandowski. Houve duas
tentativas de procrastinar o julgamento. Não se tratava apenas de ganhar
tempo e de abusar da paciência dos brasileiros ansiosos por ver
encerrado esse lamentável episódio da história da República. A tropa de
choque do PT valia-se da transmissão por rádio e televisão da sessão do
Senado para promover a “narrativa política” lulopetista, como declarou,
com todas as letras, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).
A
propagação de sua “narrativa” é um direito elementar de qualquer partido
ou organização política. Mas o sistema democrático impõe a obediência à
lei e o respeito ético aos acordos políticos. E os petistas e aliados
infringiram ostensivamente os regulamentos que deveriam disciplinar a
sessão de abertura do julgamento do impeachment. Essa bem planejada
rebeldia pode até servir eleitoralmente para alguns deles, mas o que faz
mesmo é comprometer negativamente, ainda mais, a imagem pública de uma
instituição democrática fundamental como o Poder Legislativo.
Assim, o
comportamento dos senadores que tentaram tumultuar a sessão mostra que o
discurso da defesa não vai se limitar, até o final do julgamento, a
demonstrar que Dilma é vítima dos inimigos das causas populares. Estará
desenvolvendo e afinando um discurso de vitimização do PT que será o
argumento central da tentativa de ressurreição política do lulopetismo.
O detalhe
relevante dessa estratégia é que sua viabilidade depende de que o
mandato presidencial de Dilma Rousseff seja efetivamente cassado. Dilma é
a vítima-símbolo. Deverá, portanto, ser imolada no altar das causas
populares para que possa ser usada como bandeira de luta por Lula e seus
seguidores. É uma perspectiva muito mais atraente do que ter que arcar
com o ônus de sofrer com a incompetência de Dilma por mais dois anos e
pouco. Em português claro: o PT quer, precisa que Dilma Rousseff seja
cassada. É uma questão de sobrevivência. Tudo o mais é pura hipocrisia,
pois o partido não se dispõe nem mesmo a convalidar o argumento político
mais forte que a presidente afastada conseguiu apresentar na tentativa
de conquistar votos dos senadores para salvá-la do impeachment: o tal
plebiscito para a antecipação das eleições presidenciais.
BLOG ORLANDO TAMBOSI

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