Presidente diz que direita estava por trás de movimento de mineiros.
Três foram acusados formalmente pela morte de vice-ministro do Interior.
Um dia antes, o presidente havia denunciado que a tortura e o assassinato do vice-ministro do Interior, Rodolfo Illanes, nas mãos de mineiros que bloqueavam estradas, foi uma conspiração contra seu governo, manipulando "uma suposta reivindicação" social.
Ele disse, ainda, que o local onde os mineiros se protegeram para enfrentar a polícia era um lugar estratégico, onde podiam "resistir durante semanas".
"A direita estava ali", apoiando a mobilização mineira, acrescentou o presidente. "Eles estão de acordo com os contratos de cooperativistas mineiros com o setor privado. Revisemos os jornais", argumentou o chefe de Estado.
O presidente reiterou suas suspeitas de que as cooperativas mineiras foram enganadas por alguns de seus dirigentes que pretendem se tornar empresários motivados pela ambição econômica.
"Após a valoração das provas coletadas e das declarações dos diferentes atores e testemunhas, a comissão de promotores acusou três mineiros pelos crimes de assassinato, organização criminosa; e atentados contra membros de organismos de segurança do Estado, em grau de autoria", destacou o promotor Edwin Blanco em um comunicado de imprensa.
Os mineiros questionam uma norma que permite a criação de sindicatos dentro das cooperativas, mas o governo argumenta que na realidade tentam obter autorização para alugar suas concessões mineiras a empresas privadas ou estrangeiras, o que a Constituição proíbe expressamente.
Os confrontos de três dias entre mineiros e policiais, a ponta de dinamite, também deixaram dois mineiros mortos e 20 policiais feridos.
Enquanto isso, os restos mortais do vice-ministro assassinado recebiam no sábado homenagens em várias entidades públicas, antes do sepultamento, com honras, no domingo.
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