MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

'BBC': Impeachment de Dilma divide opiniões nos EUA

Reportagem diz que Barack Obama e a chancelaria americana parecem estar em cima do muro


Matéria publicada pela BBC nesta sexta-feira (26) a BBC analisa que processo de impeachment de Dilma Rousseff, que pode dar continuidade ao governo de Michel Temer divide opiniões não apenas no Brasil. Nos Estados Unidos, de um lado, investidores com negócios no Brasil acham positivos os primeiros passos de Temer e torcem para que o Senado afaste definitivamente Dilma. De outro, sindicatos, congressistas e artistas americanos criticam ações do presidente interino e afirmam que a saída de Dilma ameaçaria a democracia brasileira. Os grupos expõem as divisões na sociedade americana na véspera da votação final do Senado sobre Dilma.
"Sem esse processo de impeachment, estaríamos hoje com uma posição bem menor no Brasil", diz à BBC Brasil William Landers, diretor para América Latina da Blackrock, a maior gestora de fundos de investimento do mundo.
"Esperamos que a presidente Dilma seja afastada em definitivo, o que tiraria o termo interino do governo Temer e lhe daria força para ser presidente pelos próximos dois anos com uma tarefa dura", afirma.
A reportagem da BBC afirma que nos últimos seis meses, desde que as apostas sobre o impeachment de Dilma ganharam força, a Blackrock vem ampliando sua participação na Bolsa de Valores de São Paulo. De fevereiro para cá, o Ibovespa (índice-termômetro da bolsa) subiu mais de 30%.
BBC fala que o movimento contrário ao impeachment conta com o apoio de congressistas, sindicatos e acadêmicos
BBC fala que o movimento contrário ao impeachment conta com o apoio de congressistas, sindicatos e acadêmicos
"Os sinais iniciais de Temer foram bem positivos, mas o trabalho sério vai começar quando ele se tornar presidente, tiver um governo permanente e levar ao Congresso as reformas", reforça à BBC Brasil a diretora executiva do Brazil-U.S. Business Council, Cássia Carvalho.
A BBC relata que o braço da Câmara de Comércio dos EUA que representa 110 companhias com negócios no Brasil, levou cerca de 20 empresários americanos a Brasília no fim de junho para se reunir com autoridades e apresentar sugestões aos ministérios. Outra iniciativa apoiada pelo conselho, que representa as maiores petrolíferas americanas, é a aprovação de um projeto de lei do então senador (hoje ministro de Relações Exteriores) José Serra que desobrigaria a Petrobras a participar da operação de todos os blocos do pré-sal. O projeto já foi aprovado no Senado e aguarda votação na Câmara.
A reportagem da BBC fala que o movimento contrário ao impeachment conta com o apoio de congressistas, sindicatos e acadêmicos, vem intensificando as críticas ao processo na véspera da decisão final do Senado. Na quarta (23), a posição ganhou o apoio de 22 artistas e intelectuais, entre os quais os cineastas Oliver Stone e Ken Loach, o ator Viggo Mortensen e a atriz Susan Sarandon. Em manifesto em apoio "à democracia no Brasil", o grupo lamenta "que o governo interino no Brasil tenha substituído um ministério diversificado, dirigido pela primeira presidente mulher, por um ministério compostos por homens brancos, em um país onde a maioria se identifica como negros ou pardos".
Em cima do muro
Barack Obama e a chancelaria americana parecem estar em cima do muro: em público, não chancelam nem condenam o impeachment. Nos bastidores, porém, o governo americano jamais rompeu o contato com o brasileiro e teve participação importante na segurança da Olimpíada no Rio.

Nenhum comentário:

Postar um comentário