Nível ultrapassou em mais de dois metros a marca histórica de 2012.
'Cidade está um caos', diz moradora de Xapuri.
Nascida em Xapuri, a professora Luiza Melo, 46 anos, considera o nível das águas assustador e diz que nunca viu situação igual na cidade. Segundo ela, por causa da enchente a cidade está um caos. "Nunca vi o rio tão cheio. Trabalho há 15 anos na Escola Estadual Plácido de Castro e a água nunca tinha atingido a instituição. Uma situação inédita por aqui. A cidade está um caos. Onde eu moro não atingiu, pois fica na parte alta, mas se atingir acaba com a cidade", avalia.
Esta é a primeira vez também que a enchente chega até a paróquia de São Sebastião, tida como referência, localizada na Rua Benjamin Constant, no Centro de Xapuri. Segundo a Defesa Civil, em 1978, ano em que não era feita a leitura do rio, a água chegou na escadaria da igreja.
No dia 24, o Hospital Epaminondas Jácome, único da cidade, teve seu atendimento suspenso após ser invadido pelas águas do rio. Os pacientes foram transferidos para a Unidade Básica de Saúde José Fadulo, localizada no bairro Pantanal.
Neste mesmo dia, a casa do líder seringueiro Chico Mendes, assim como o Centro de Memória Chico Mendes, foram completamente tomados pelas águas do manancial.
União reconhece emergência
Ainda na quarta-feira (25), o governo federal reconheceu a situação de emergência em Xapuri, Assis Brasil, Epitaciolândia, Brasiléia e Rio Branco, municípios castigados pela fúria das águas do Rio Acre.
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