MEDIÇÃO DE TERRA

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sábado, 1 de janeiro de 2011

Euro tem 20% de chances de sobreviver nos próximos dez anos



R7

A zona do euro tem apenas uma chance em cinco de sobreviver em sua forma atual pelos próximos dez anos, informou o CEBR (Centro de Investigação Econômica e Empresarial), um dos principais centros de estudos britânicos, nesta sexta-feira (31). O motivo para a desconfiança são os desequilíbrios entre seus membros.
A entidade afirmou que a Espanha e a Itália terão que refinanciar cerca de R$ 890,4 bilhões (400 bilhões de euros) em bônus soberanos durante a primavera no hemisfério Norte, o que poderia gerar novas crises dentro da zona monetária, que a partir de 1º de janeiro contará com 17 membros.
O chefe executivo da entidade, Douglas McWilliams, disse que "o euro poderia desmoronar nessa altura, ainda que os políticos europeus geralmente sejam capazes de responder a uma crise".
O problema da dívida soberana na Grécia e na Irlanda sacudiu os países da zona do euro neste ano, gerando certa especulação de que a Alemanha eventualmente poderia perder a paciência em resgatar a seus vizinhos menos preocupados com as contas públicas, o que poderia gerar a quebra do bloco monetário.
A chanceler alemã, Angela Merkel, reafirmou em diversas ocasiões o compromisso de Berlim com o euro, algo que voltou a mencionar em sua mensagem de final de ano ao país na sexta-feira.
- O euro é a base de nossa prosperidade. A Alemanha precisa da Europa e de nossa moeda comum. Para nosso bem estar e para superar todos os grandes desafios mundiais. Nós os alemães assumimos nossa responsabilidade, mesmo quando ela é muito dura.
McWilliams, no entanto, indicou que os profundos desequilíbrios entre as economias frágeis e as mais fortes do grupo, algo que se tornou mais evidente desde a crise de 2008, implicaria em um grande obstáculo para o projeto no longo prazo do bloco europeu.
- Suspeito que o que separará a zona do euro será a impossibilidade da maioria dos países de adotar as medidas austeras [corte de gastos públicos] necessárias para alcançar maior competitividade em suas economias no longo prazo. Só damos uma em cinco possibilidades de que [o euro] sobreviva em seu estado atual nos próximos dez anos. Se o euro não acabar, este poderia ser o ano em que ele se debilite substancialmente até a paridade com o dólar.
Foto: Divulgação

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