O artista plástico paulistano Renato Gosling lança, no dia 17 de agosto, o livro A Verdade sobre a Nostalgia,
durante a abertura de sua exposição individual que leva o mesmo nome. O
local escolhido para o evento não poderia ser mais adequado: o
inspirador FAMA Museu, em Itu, já foi galpão industrial e hoje respira
arte. Um verdadeiro exemplo de ressignificação, que é uma das tônicas do
trabalho único de Gosling. A Verdade sobre a Nostalgia traz
as obras da primeira individual de Gosling após residência artística no
Edifício Vera, um atelier aberto no centro histórico de São Paulo. O
título do volume é, de certa forma, uma falsa premissa, já que o artista
logo adverte o leitor no texto de abertura sobre a natureza do material
que compõe o catálogo – objetos e imagens que fazem parte de uma
investigação que ainda está em processo. Muito mais do que a verdade,
interessa a Gosling o resgate e a apropriação da nostalgia. As
obras retratadas na publicação evocam memórias afetivas – de infância,
da escola, da casa, da rua – e também enveredam por uma reflexão crítica
sobre a nostalgia e a saudade. O
apego do artista ao giz como ferramenta de criação ganha destaque.
Registrar o mundo com um pedaço de giz é uma espécie de rito de passagem
de infâncias que se perderam, e Gosling se aprofunda em experimentações
que evocam esse despertar.
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