Roberto Nascimento
Nicolas Maduro governa a Venezuela ditatorialmente, apoiado pelas Forças Armadas. Em governos autoritários, o Legislativo e o Judiciário se tornam reféns do Executivo, que se sobrepõe soberano, pela força. Portanto, o Supremo da Venezuela é inteiramente composto por juízes nomeados por Hugo Chávez e pelo Maduro.
Aqui no Brasil, se Bolsonaro tivesse conseguisse êxito no golpe de estado, haveria intervenção no Supremo. É simples assim, no método das ditaduraS – o poder sempre acima de tudo.
COMEÇO DO FIM – A ameaça de Maduro invadir a Guiana, se concretizada, vai representar o começo de seu fim. Segundo o analista Tales Faria, do portal UOL, os militares brasileiros veem o risco de os Estados Unidos aproveitarem o conflito para instalar uma base militar na Guiana. Desde que se instalou na Venezuela a República Bolivariana, com Hugo Chávez e Nicolás Maduro, a política americana é cercar o país de bases militares.
A informação do Ministério da Defesa do Brasil é de que os Estados Unidos já têm diversas bases em torno da Venezuela, a maioria na Colômbia, prontas ou em instalação, e outras na Guiana Francesa, no Suriname e na América Central.
Se a Guiana for invadida como pretendido, os EUA enviarão tropas para defender o país e deverão instalar mais uma base militar na ex-colônia da Inglaterra.
IRAQUE E LÍBIA – Sabemos o resultado da intervenção americana, pelos exemplos recentes do Iraque e da Líbia. Saddam Hussein morreu enforcado e Muamar Kaddafi foi executado com requintes de crueldade perto da fronteira com o Sudão, na fracassada fuga, quando seu bunker na capital Tripoli foi destruído pelos ataques de bombardeios e drones dos EUA.
Na Síria, só não aconteceu a queda de Bashar Assad devido à interferência da Rússia. Se Maduro invadir a Guiana, os EUA destruir as forças armadas venezuelanas. No desespero, Maduro está viajando para a Rússia, mas não adianta apelar para Vladimir Putin, que já têm problemas em demasia, por conta da invasão e resistência da Ucrânia.
Portanto, se Maduro demonstrar um pouco de inteligência, ficará na retórica eleitoral e desistirá de anexar parte do território da Guiana.
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