Guilherme Amado e Maria Eduarda Portela
Metrópoles
O governo Lula trabalha com todos os cenários para a crise entre Venezuela e Guiana, inclusive uma guerra entre os dois países, com o envolvimento dos Estados Unidos. Na cúpula do Itamaraty, Maduro é tratado como “incontrolável” e incapaz de analisar racionalmente as opções sobre a mesa.
Exemplo dessa incapacidade é a possibilidade de Maduro declarar uma guerra mesmo com a Guiana apoiada pelos Estados Unidos, o que inverteria a vantagem militar que hoje a Venezuela detém sobre o país vizinho.
“PROVOCAÇÃO” – O ministro do Poder Popular para a Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, chamou de “provocação” os exercícios militares que os Estados Unidos (EUA) anunciaram na Guiana, nesta quinta-feira (7/12).
“Esta infeliz provocação dos Estados Unidos em favor da ExxonMobil na Guiana é mais um passo na direção errada. Alertamos que não seremos desviados de nossas ações futuras para a recuperação do Essequibo”, escreveu Vladimir Padrino López na rede social X, antigo Twitter.
O governo de Nicolás Maduro aprovou no último domingo (3/12) um referendo que autoriza a anexação da região de Essequibo, localizada na Guiana, ao seu território. O presidente da Venezuela inclusive chegou a divulgar um novo mapa do país com a incorporação de Essequibo.
PREOCUPAÇÃO – A manobra de Maduro tem sido observada com preocupação por autoridades estrangeiras. Nesta quinta, o governo norte-americano anunciou que aviões militares irão sobrevoar a região de Essequibo e o resto da Guiana durante exercícios militares.
A Embaixada dos Estados Unidos na Guiana informou que esses exercícios irão acontecer em parceria com a Força Aérea guianesa. Os dois países possuem uma parceria militar desde 2022.
Antes da aprovação do referendo, no final de novembro, o presidente norte-americano, Joe Biden, enviou à Guiana comandantes da Força Sul dos EUA para discutir estratégias de defesa
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