Percival Puggina
A elite intelectual da esquerda brasileira leu Michel Foucault e entendeu. O pior, porém, veio depois: colocou aquelas ideias em prática. Quase podemos dizer, então, que a educação brasileira celebra seus fracassos cultuando as barbas de Paulo Freire e a careca de Foucault, as turvas profundezas da mente do francês e as águas rasas onde encalha o pensamento do brasileiro.
O resultado é conhecido. As raras universidades brasileiras que ainda não foram tomadas estão em vias de rendição ao assalto de ideias e práticas repelentes às refutações e aos divergentes. Quem discorda, percebe que dormiu no Brasil e acordou em Cuba.
Foi nesse ambiente que nasceu o processo de impeachment do reitor da UFRGS, Carlos André Bulhões Mendes, e da vice-reitora Patrícia Pranke. O motivo do processo aprovado por 60 membros do Conselho Universitário é uma primorosa seleção de queixumes que se pode resumir no descumprimento dos preceitos da gestão democrática. E “democrático”, como bem se sabe, é a síntese do que eles querem.
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