Já
o Ceará é o estado com o segundo maior número de transplantes no total,
mas o que mais realizou transplantes de córnea do Nordeste, com 13.519
cirurgias. Ao todo, 20.875 pessoas receberam novos órgãos ou tecidos no
estado. Dos 20 mil, 7.356 foram órgãos, dentre eles, fígado (2.448),
coração (448) e pulmão (42).
A
Bahia aparece como o terceiro estado em transplantes do Nordeste. Foram
quase 10 mil cirurgias no geral, sendo 3.091 (31%) para novos órgãos e
6.904 (69%) para novos tecidos. | | O
transplante mais realizado na região é o de córnea, enquanto o de
intestino não possui nenhuma cirurgia registrada. O transplante de rim
também é comum na região e conta com 20,1% do número total de cirurgias.
Em seguida vem as cirurgias para fígado, com 5.327 realizadas.
Transplantes de rim: Nordeste levaria 9 anos para zerar a fila O
transplante de rim se tornou a mais aguardada esperança de vida para
muitos pacientes no país. Atualmente, mais de 37 mil brasileiros estão
na lista de espera por um rim. Desse total, 6.313 (17%) residem no
Nordeste, distribuídos entre os estados de Alagoas, Bahia, Ceará,
Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte.
Ao
longo de 21 anos, a média mensal de transplantes renais na região foi
de 57 cirurgias. Entretanto, em 2023, a fila de espera ainda é longa.
Considerando que não houvesse adições ou reduções na quantidade de
pessoas na lista de espera, a estimativa é de que a fila leve
aproximadamente 9 anos para ser zerada. | | Embora
outros órgãos, como fígado e coração, também apresentem demanda por
transplantes, com 2.214 e 405 pacientes na fila no Nordeste,
respectivamente, vale ressaltar que tanto rins quanto fígado podem ser
transplantados de doadores vivos ou falecidos, enquanto o transplante de
coração e córneas acontecem somente a partir de doadores falecidos.
Em
Alagoas há equipes do Ministério da Saúde aptas para realizar quatro
tipos de transplantes: fígado, coração, córnea e rins. “O número maior
de transplantes é o de córneas, naturalmente, porque a fila é maior
também. É um transplante menos difícil, digamos, porque a doação não
precisa estar em morte encefálica. O paciente vai a óbito, tem entre
dois e 79 anos, não apresenta nenhuma contraindicação de acordo com a
portaria e se a família autoriza”, explica Daniela Ramos, coordenadora
da Central de Transplantes de Alagoas.
Sobre
os demais transplantes, como o de medula óssea, a gestora contou como o
procedimento é realizado. “No Brasil, acredito que só tem três estados
que têm essa capacidade de fazer. Alagoas não se enquadra nesse
princípio, então quando precisamos, pedimos regulação ao SNT, o Sistema
Nacional de Transplantes, e eles veem o estado e o centro hospitalar que
pode receber o paciente”, pontuou. | | Como entrar na fila de esperaO
médico faz o encaminhamento do paciente após identificar que não há
outra medida medicamentosa ou terapêutica que possa ajudar no
tratamento. O profissional direciona a documentação para a entrada do
paciente na fila de transplante.
Posso ser um doador? A
doação pode acontecer quando o doador teve morte encefálica (como no
caso do transplante de coração) ou não (em transplantes de córnea, por
exemplo), mas nas duas situações a legislação brasileira exige o
consentimento familiar. A intenção de ser um doador deve ser informada à
família.
As
doações de órgãos por pessoas vivas como parte dos rins, fígado e
medula óssea são realizadas entre familiares por conta da
compatibilidade sanguínea. Para saber mais, basta entrar em contato com a
Central de Transplantes do seu estado ou a nacional pelos números (61)
3315-9264 | 6299 | 0800 644 64 45. |
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