BAHIA NOTICIAS
Por Pedro S. Teixeira | Folhapress
O
governo federal deve estabelecer parcerias com estados e municípios
para acelerar a entrega de imóveis em obras bastante avançadas do
programa Minha Casa, Minha Vida, segundo o ministro da Casa Civil, Rui
Costa. Ele afirmou que os acordos vão permitir a entrega de 170 mil
unidades.
O ministro visitou neste sábado (11) um condomínio em Santo Amaro da
Purificação, no Recôncavo Baiano, reformado por iniciativa da União e do
governo baiano, sob gestão do petista Jerônimo Rodrigues.
"Quando estive aqui em janeiro, vi esse condomínio que estava
concluído há seis anos, iniciado ainda no governo Dilma, e que foi
deixado de lado. Retiraram até a segurança do local e aí furtaram quadro
de luz, vaso sanitário, entre outras coisas", afirmou Costa, que foi
governador da Bahia pelo PT.
A equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discute uma
solução jurídica para que estados e municípios executem os serviços de
reforma, já que em geral são mais ágeis nisso. "Queremos, até o final do
ano, entregar essas 170 mil unidades a que me referi. Retornamos com a
faixa 1 e esse será o carro chefe do programa", disse o ministro.
A faixa 1 é destinada a famílias com baixa renda e recebe condições
mais favoráveis de financiamento, que foram extintas pela gestão
anterior de Jair Bolsonaro (PL). O governo planeja concluir o desenho da
reformulação do Minha Casa, Minha Vida até o próximo dia 15 e extinguir
o nome Casa Verde e Amarela, criado por Bolsonaro.
Uma das novidades deve ser que, a pedido do presidente Lula, os novos
empreendimentos do programa terão varandas para os moradores.
A Folha de S.Paulo mostrou que o novo Minha Casa, Minha Vida herda um
passivo de 130,5 mil moradias cujas obras estão atrasadas ou
paralisadas.
O levantamento do Ministério das Cidades, obtido pela Folha de
S.Paulo em janeiro, mostra que são 1.115 empreendimentos atrasados ou
paralisados, todos ainda do Minha Casa, Minha Vida. O mais antigo teve o
contrato assinado em 2009, ano em que ele foi lançado, mas a maioria
foi contratada entre 2014 e 2018.
Juntos, os empreendimentos já receberam aportes de R$ 4,8 bilhões, sendo que a maioria (R$ 3,8 bilhões) foi para obras paralisadas.
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