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| Inovação na saúde: Universidade em Minas abre centro de pesquisas inédito no Brasil para estudos sobre a longevidade
| As pesquisas vão envolver o Mário Palmério Hospital Universitário e os cursos da área da saúde da Universidade
A Uniube deu
início, neste mês, a um Centro de Estudos e Pesquisas sobre os efeitos
do estresse oxidativo no envelhecimento dos seres vivos. O centro é
inédito no país e conta com a parceria do médico especialista e doutor
em Bioquímica, Eugênio Luigi Lorio. Inicialmente, as pesquisas serão
centralizadas na área da saúde, com a participação do hospital de ensino
da Universidade, Mário Palmério Hospital Universitário (MPHU), e dos
cursos de Educação Física, Enfermagem e Medicina.
Os estudos visam
avaliar e desenvolver técnicas analíticas adequadas para medir o
estresse oxidativo em amostras biológicas e desenvolver soluções para
promover o bom funcionamento dos processos redox. "Controlar o estresse
oxidativo é um dos objetivos principais de qualquer plano de saúde para
um envelhecimento bem-sucedido, como demonstram amplamente centenas de
estudos científicos. Na verdade, o forte estresse oxidativo acelera a
taxa de encurtamento dos telômeros, um dos biomarcadores mais confiáveis
do envelhecimento", explica o coordenador do Centro de Estudos e
Pesquisas, professor Caio Márcio Gonçalves.
O
projeto contará com a participação de alunos, professores e
colaboradores da Instituição, com intuito de promover atividades de
informação à população, formação acadêmica, investigação,
desenvolvimento e monitoramento. "A implantação desse centro servirá
para criar um polo de interesse multidisciplinar, capaz de atrair os
mais variados profissionais da área biológica e médica no sentido mais
amplo do Estado de Minas Gerais e, em perspectiva, de outros estados
brasileiros. Com efeito, esse estudo tem importantes repercussões na
microbiologia, na fisiopatologia das plantas, na medicina veterinária e
na medicina humana. No caso do Homem, não há função ou doença de órgão
ou tecido que não esteja associada, direta ou indiretamente, ao estresse
oxidativo: da celulite ao cancro", complementa o professor. | | Divulgação Uniube: demonstração do teste de longevidade, segundo a avaliação do estresse oxidativo | Ainda
não existe no país um centro de pesquisa específico e dedicado ao
estudo dos fenômenos redox na área biomédica em sentido amplo. "Com a
parceria com a Uniube vamos
construir pela primeira vez no Brasil um centro de pesquisa
internacional sobre o estresse oxidativo, que é um fator emergente de
risco para saúde, já que quando ele está muito alto, a pessoa envelhece
mais e pode desenvolver muitas doenças. Por isso, nosso objetivo é criar
aqui um laboratório piloto para contribuir com o bem-estar das pessoas.
Espero que em alguns meses possamos acrescentar esse conhecimento e
desenvolver pesquisas práticas no hospital", destaca o professor
Eugênio.
O
próximo passo na implementação do centro é a formação de grupos de
pesquisa com alunos e professores. Como objetivo final, é almejada a
oferta da análise do estresse oxidativo como serviço de saúde hospitalar
para pacientes. "A primeira coisa importante desse centro é que ele
conta com um pesquisador de renome, o doutor Eugênio, que já publicou
muita coisa sobre estresse oxidativo no mundo inteiro e está há pouco
tempo no país. A ideia é criar um grupo de pesquisadores aqui no Brasil,
começando com essa área mais multidisciplinar, em um laboratório dentro
do MPHU, e aí começar a envolver todos os cursos da saúde para
conhecerem a técnica, os estudos já desenvolvidos, bem como a prática. A
partir de então, criar pesquisas, porque a nossa intenção é ser
referência nessas análises do estresse oxidativo", esclarece o
Pró-Reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão da Uniube, André
Fernandes.
A participação do MPHU será
por meio do laboratório piloto e da intermediação das pesquisas pelo
Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão (NEPE). "O NEPE vai ser um
importante colaborador na difusão do conhecimento sobre a redoxômica e
da cultura dessa pesquisa na Instituição. Vamos reforçar a relevância da
participação de professores e alunos nos estudos, de começarem a pensar
nos trabalhos que eles podem desenvolver de extensão e de se
organizarem para serem entusiastas da ideia de como o centro pode
promover o bem-estar. É a promoção de uma medicina preditiva que pode
trazer bons frutos tanto para o hospital, como para a população de
Uberaba, por meio de um centro de referência nessas análises", finaliza a
coordenadora do NEPE, Inara Barbosa.
| | Divulgação Uniube: representantes da Universidade se reúnem para traçar estratégias sobre o início do centro de estudos |
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