Criado
em 2019 com o objetivo de humanizar o tratamento, projeto de
customização dos acessórios facilita a adesão dos pacientes mirins ao
tratamento |
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São Paulo, 01 de junho de 2022
– Para facilitar a adesão das crianças ao tratamento de câncer,
técnicos do Instituto de Radiologia (InRad) do Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP) decidiram
customizar as máscaras usadas durante as sessões de radioterapia. Criado
em 2019 pelos técnicos do InRad com o objetivo de humanizar o
tratamento, o projeto já beneficiou aproximadamente 235 crianças. Outro
resultado importante foi a diminuição da sedação dos pacientes, que caiu
em até 32%, o que também influencia na duração da sessão e no custo do
tratamento. As
máscaras termoplásticas são obrigatórias nas sessões de radioterapia,
tanto para adultos quanto para crianças, a fim de imobilizar o paciente
para que a radiação ionizante seja direcionada corretamente ao tumor. No
caso dos pacientes mirins, isso nem sempre é possível, o que torna
necessário a aplicação de sedativos. Além dos efeitos colaterais do
medicamento calmante, que vão desde irritabilidade a alterações do ritmo
de sono e da alimentação, a sessão que normalmente dura 20 minutos pode
levar até uma hora e meia (contando desde a aplicação do sedativo ao
despertar do paciente). Já
na primeira consulta com o médico, os pacientes de 1 a 13 anos, recebem
orientações sobre cada etapa no combate ao tumor. Eles são acompanhados
também por uma equipe multidisciplinar de saúde e técnicos em
radioterapia que explicam a importância de ficar na mesma posição, sem
se mexer, durante a sessão de radioterapia. O próximo passo é escolher o
tema da máscara – super-heróis e princesas estão entre os preferidos
das crianças. Por fim, os pequenos também recebem uma fantasia e, ao
final do tratamento, um certificado. De
acordo com os idealizadores do projeto, os técnicos do InRad Robson
Souza e Katia Brito, ele foi inspirado em modelos de hospitais
norte-americanos. A prática já foi documentada em estudos científicos –
como, por exemplo, uma pesquisa realizada pela International Journal of
Radiation Oncology. Por essa razão, os técnicos do InRad têm ainda a
intenção de publicar futuramente os dados que levantaram desde o início
do projeto, assim como apresentar os resultados positivos em congressos
de saúde.
International
Journal of Radiation Oncology – “Reducing Anesthesia and Health Care
Cost Through Utilization of Child Life Specialists in Pediatric
Radiation Oncology” – disponível em:
https://www.redjournal.org/article/S0360-3016(16)30298-X/fulltext Último
acesso em 18/05/2022. |
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Sobre o InRad
O
Instituto de Radiologia (InRad) do Hospital das Clínicas da Faculdade
de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) é um centro de
excelência em pesquisa, diagnóstico e terapias por imagem. Também é
responsável pela produção farmacêutica de itens utilizados diariamente
para pesquisas clínicas e, ainda, de produtos usados na rotina clínica e
fármacos produzidos no setor de medicina nuclear. É lá que fica o
‘cíclotron’, acelerador de partículas que produz a fórmula radioativa de
glicose FDG (Fluorodesoxiglicose), usados em exames PET (Tomografia por
Emissão de Pósitrons).
Além
disso, o InRad conquistou a classificação de melhor centro de medicina
nuclear do mundo pela Agência Internacional de Energia Atômica. Por ano,
passam pelo InRad 215 mil pacientes. Nos últimos quatro anos, foram
realizados mais de 1,5 milhão de exames, entre ultrassonografia,
radiologia geral, tomografia computadorizada, ressonância magnética,
medicina nuclear e mamografia. No instituto são 82 equipamentos de
radiologia de última geração para realizar mais de 300 mil exames por
mês, 25 mil só de raios-X. |
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