Um
grupo com 38 venezuelanos chegou à cidade de Itabuna, no domingo (11),
em busca de auxílio depois de quatro meses em viagem pelo Brasil. Antes,
eles haviam passado por Manaus, Belém e Fortaleza, e montaram um
acampamento na cidade. Entre o grupo, estavam 23 crianças. Algumas
pessoas seguravam placas implorando por ajuda e citaram apreensão por
causa dos familiares que permaneceram no país em situação de extrema
pobreza. Os venezuelanos disseram que fugiram da crise no país, pois não
há energia elétrica e outros insumos básicos. Uma das pessoas no grupo
relatou, por exemplo, que algumas famílias precisam calcular como
sobreviver com duas latas de leite por mês. Na manhã desta segunda-feira
(12), eles foram levados pela Secretaria de Promoção Social e Combate à
Pobreza do município para o Centro Pop – local para acolhimento de
pessoas em situação de rua – de Itabuna para que pudessem tomar banho e
receber outros cuidados. No local, eles
fizeram a refeição e as crianças puderam ter uma recreação depois de
meses em situação precária. Todo o grupo será testado para a Covid-19.
E, dos que já foram examinados, duas pessoas apresentaram resultado
positivo para a doença. Eles estão em isolamento no Centro Pop e vão
passar por atendimento. A titular da secretaria, Andréa Castro, informou
que o órgão entrou em contato com as entidades competentes para que os
estrangeiros possam ser acolhidos e direcionados sobre o que devem
fazer. “Estamos providenciando uma creche ou uma escola para abrigar
essas pessoas que estão em grande vulnerabilidade social. Nós já estamos
providenciando junto aos órgãos judiciários o encaminhamento dessas
pessoas", disse a secretária. A Venezuela vive uma crise socioeconômica e
política há sete anos, e passa pela maior recessão da história.
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